30/01/2023

Desafio Livrólico de Fevereiro 2023

 Olá!


Deixo aqui o nosso segundo desafio do ano no grupo Livrólicos de Cá e de Lá! 

Chegou o mês do amor, da doação de livros, da luta contra o cancro. 

Creio que estes temas são excelentes para irmos em busca de leituras interessantes, eu tenho cá muitos que ler que se encaixam tanto no tema como nas categorias! O que vão ler por aí? 

O nosso desafio tem 4 categorias e o tema do mês é o #romance&books, por isso podem começar a busca por livros adequados ao tema do mês e com autores que gostem!

 

O desafio anual com todas as categorias, está nos ficheiros do grupo, o lembrete nos comunicados, assim como o nosso novo caderno de leituras!

 

Boas leituras, e lembrem-se o grupo é vosso, eu só faço as imagens bonitas!! E estamos juntos na leitura! Na paixão pelos livros!

 

Tags do mês: #desafiolivrólicosdecáedelá_2023 #aromas_de_cor #romance&books

 

 

Podem encontrar o grupo aqui: https://www.facebook.com/groups/1747457015531387/?ref=share_group_link




Autores Nacionais que celebram o seu aniversário em Fevereiro

 


Lénia Rufino 
nasceu em 1979, em Lisboa. Cresceu nos subúrbios, rodeada de livros. Estudou Publicidade e Marketing, mas devia ter estudado Psicologia Criminal, a sua grande paixão a par da escrita. Aos dez anos escreveu o seu primeiro conto e decidiu que, um dia, haveria de ser escritora. Demorou trinta e dois anos a conseguir.

Publicou vários contos no DNJovem e lamenta a extinção desta plataforma de divulgação de novos talentos. É autora de blogues desde 2003. Atualmente, colabora com Repórter Sombra (www.reportersombra.com), onde publica contos mensalmente. O Lugar das Árvores Tristes é o seu primeiro romance.

 

Tânia Ganho nasceu em Coimbra, onde estudou e deu aulas de tradução como assistente convidada da Universidade. Depois de ter feito legendagem de filmes durante vários anos e de ter passado pela redação da SIC como tradutora de informação, decidiu dedicar-se exclusivamente à literatura. É tradutora de autores como David Lodge, Ali Smith, Rachel Cusk, Chimamanda Ngozi Adichie, Annie Proulx, Abha Dawesar, Jeanette Winterson e Anaïs Nin, entre muitos outros. Tem já publicados os romances A Vida sem Ti, Cuba Libre, A Lucidez do Amor e A Mulher-Casa.

 

Júlio Magalhães é o ex-Diretor de informação da TVI e autor de Os Retornados – Um amor nunca se esquece, em 15ª edição e Um Amor em tempos de guerra, em 10ª edição, dois bestsellers com mais de 75.000 exemplares vendidos. Nasceu no Porto a 7 de fevereiro de 1963, foi para Angola com 7 meses. Em 1975 regressou a Portugal, para a cidade do Porto. Aos dezasseis anos, iniciou a sua carreira como colaborador de O Comércio do Porto na área do desporto. Dois anos depois integrou os quadros do mesmo jornal. Trabalhou no jornal Europeu, no semanário O Liberal, na Rádio Nova. Estreou-se na RTP em 1990, onde, foi jornalista, repórter e apresentou o programa da manhã e o Jornal da Tarde. Actualmente na CNN.

 

Francisco Moita Flores é dos autores de língua portuguesa mais conhecido quer pela sua obra literária: A Fúria das Vinhas, Segredos de Amor e Sangue, A Opereta dos Vadios, Mataram o Sidónio!, O Mensageiro do Rei, O Mistério do Caso de Campolide e Os Cães de Salazar, que deu origem à série O Atentado, entre muitos outros títulos; quer pelos brilhantes trabalhos para cinema e televisão, onde se recordam: A Ferreirinha, Ballet Rose, Alves dos Reis, O Processo dos Távora e O Bairro, além da adaptação de clássicos, nomeadamente de Eça de Queirós, Júlio Dinis e Aquilino Ribeiro. Mestre na arte dos diálogos, dá corpo e alma às personagens à medida que desenvolve a narrativa dramática, assumindo em cada romance a sua dimensão humanística e de intervenção cívica através de uma narrativa simples carregada de duplo sentido.

 

Rui Pinto Ferreira é apaixonado por cinema e literatura de ficção científica, gosta de escrever sobre mundos imaginários, sobretudo com apontamentos distópicos. O seu interesse por automóveis, atletismo e jogos de estratégia influenciou a sua escrita. O teor da sua poesia é fundamentalmente melancólico. Nasceu na cidade invicta há mais de 40 anos e atualmente trabalha e reside em Penafiel com a sua esposa, os seus dois filhos, Rui e Davide, e a sua gata Nana.


Filipe Faria nasceu em 1982, em Lisboa. Frequentou a Escola Alemã de Lisboa desde o jardim de infância até completar o 12º ano de escolaridade. O contacto e convívio com aquela cultura de origem germânica, tão diferente da nossa, possibilitou a abertura de novos horizontes. Impulsionado pelo forte interesse demonstrado pelo período negro da Idade Média, e pela descoberta algo fortuita de uma verdadeira relíquia na biblioteca escolar - a Tolkien Bestiary -, cultivou, desde cedo, a paixão pela literatura fantástica. As «Crónicas de Allaryia» assinalam a sua estreia no mundo literário. Uma obra que nasceu de uns esboços de uma aventura, iniciados há cerca de quatro anos, que lentamente ganharam corpo e forma e evoluíram para um livro de quase 600 páginas. Em 2001 foi o vencedor do Prémio Branquinho da Fonseca, organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian e Jornal Expresso. Em 2002 ganhou o Prémio Matilde Rosa Araújo - Revelação na Literatura Infantil e Juvenil. Actualmente encontra-se a frequentar o curso de Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. E o resto é uma história ainda por escrever…

 


Autores Internacionais que celebram o seu aniversário em Fevereiro

 


Nicky  Pellegrino nasceu em Liverpool, filha de mãe inglesa e de um italiano apaixonado pela gastronomia do seu país. Esse fascínio pela culinária foi herdado por Nicky, que transpõe para as suas obras de ficção verdadeiros festins de aromas e sabores, que aguçam o apetite de tão vívidos. A viver atualmente na Nova Zelândia, com o marido, dois cães e dois cavalos, Nicky dedica o seu tempo ao jornalismo em regime freelance e à escrita de romances. Os seus livros foram já traduzidos para doze línguas.

 

Megan Maxwell é uma reconhecida escritora espanhola com mais de 3 milhões de exemplares vendidos. Filha de mãe espanhola e de pai americano, publicou vários romances, traduzidos em todo o mundo. Em 2010 ganhou o Premio Internacional Seseña de Novela Romántica; em 2010, 2011 e 2012 recebeu o Prémio Dama de Clubromantica.com; e em 2013 o «AURA», galardão outorgado pelo encontro «Yo Leo RA»(Romântica Adulta). Vive numa encantadora aldeia nos arredores de Madrid e tem um clube de fãs denominado Las Guerreras Maxwell.

 

Santa Montefiore nasceu em Inglaterra em 1970, de mãe anglo-argentina. A sua formação na Universidade de Exeter dá-lhe a conhecer as línguas espanhola e italiana. Mora em Londres com o marido, o historiador Simon Sebag Montefiore, e com os filhos, Lily e Sasha.

 

Lucinda Riley (nascida Edmonds, 16 de fevereiro de 1965 - 11 de junho de 2021) foi uma autora de ficção histórica popular da Irlanda do Norte, originalmente uma atriz.

Lucinda Edmonds nasceu em Lisburn e passou os primeiros anos de sua vida na vila de Drumbeg, perto de Belfast, antes de se mudar para Inglaterra. Aos 14 anos, matriculou-se na Italia Conti Academy of Theatre Arts em Londres para estudar teatro e ballet. Aos 16 anos, conseguiu o seu primeiro papel importante na televisão na adaptação para a BBC de A História dos Caçadores de Tesouro, seguido logo depois por um papel convidado em Auf Wiedersehen Pet. Continuou a trabalhar como atriz durante sete anos, casando-se com o ator Owen Whittaker.
A sua carreira de atriz foi interrompida por um longo surto de mononucleose. Isso fez com que ela voltasse a escrever, e o seu primeiro romance Lovers and Players foi publicado em 1992. Em 2016, a produtora Raffaella De Laurentiis comprou os direitos televisivos do seu romance série As Sete Irmãs.

Em 2019, Riley revelou ao jornal norueguês Verdens Gang que tinha cancro do esófago. Continuou a trabalhar, produzindo cinco romances durante os quatro anos da sua doença, mas foi incapaz de completar o romance final planeado na série As Sete Irmãs. Faleceu a 11 de junho de 2021.


Fonte: Wook (biografias)



24/01/2023

Sob um Céu Escarlate, Mark Sullivan (Opinião)

 

Título: Sob um Céu Escarlate

Autor: Mark Sullivan

Editora:  Cultura Editora

Lançamento: Novembro de 2018

Páginas: 464


Período de Leitura: 16 a 21 de Janeiro 

Sinopse: Pino Lella não quer nada com a guerra ou com os nazistas. Ele é um adolescente italiano normal - obcecado por música, comida e miúdas, mas os seus dias de inocência estão contados. Quando a sua casa em Milão é destruída pelas bombas dos Aliados, Pino junta-se a uma via-férrea subterrânea ajudando judeus a escapar dos Alpes e apaixona-se por Anna, uma bela viúva seis anos mais velha do que ele.

Numa tentativa de protege-lo, os pais de Pino forçam-no a alistar-se como soldado alemão - julgando que assim o manteriam longe de combate. Mas Pino é ferido e depois recrutado, aos dezoito anos, como motorista pessoal do general Hans Leyers, o caudilho de Adolf Hitler na Itália, e um dos comandantes mais misteriosos e poderosos do Terceiro Reich.

Agora, com a oportunidade de espiar o Alto-Comando Alemão, Pino luta em segredo, suportando os horrores da guerra e da ocupação, tendo a sua coragem reforçada pelo seu amor por Anna e pela vida que ele sonha que um dia compartilhar.

 

Opinião: Já li alguns livros sobre este tema, passados em vários países, mas pouco conhecia sobre o que se tinha passado na Itália. Não sabia como  Milão tinha sido severamente atacada e que acontecimentos tão bárbaros lá tinham tido lugar, o papel importante da resistência para passar aos Aliados informações vitais para o término da guerra. Não conhecia este herói desconhecido, Pino Lella, como tantos outros que ajudou judeus a fugirem do país e passou informação vital aos aliados.

Este é um romance biográfico, sobre Pino Lella, não se trata de um livro que podemos pousar e dizer pronto é um livro, uma história fictícia baseada nas atrocidades da II Guerra Mundial, não. Esta é a sua história, da sua família, amigos, de como a sua vida em três anos passou da felicidade para um terror marcado pela perda e destruição.

O autor visitou Pino na Itália, e com ele percorreu os locais que vemos mencionados no livro, relatou os acontecimentos que aí sucederam e a par com uma pesquisa exaustiva nasce este romance, que nos dá a conhecer parte de uma história como nunca antes contada. 

A história conta-se pela visão de Pino, como ele percepcionou os acontecimentos, como os seus familiares e amigos viram os acontecimentos. Pino desempenha um papel chave na ajuda prestada ao judeus, numa primeira fase, na casa Alpina, ainda adolescente, leva as pessoas por caminhos de montanha até à Suíça para que escapem. Já maior de idade junta-se a uma organização nazi, com o intuito de espiar e passar toda a informação que consiga, e se consegue! Através do general Leyers, Pino recolhe muita informação, que passa ao seu tio Alberto, este encaminha-a para a resistência.

Ainda assim, vemos como as pessoas ignoravam o destino dos judeus, dos que se opunhas à doutrina de Hitler, que a informação que recebiam era a de que estas pessoas iam para campos de trabalho. Quando Pino começa a ver os trabalhadores nos túneis quando acompanha o general, os comboios com vagões carregados de pessoas como se fossem gado, é que percebe, nessa altura, que o seu trabalho como espião era vital e que tinha que ajudar o mais que pudesse. Correndo riscos enormes expõe-se a Anna, a empregada da amante do general, que acaba por ajudá-lo nos seus planos para descobrir mais detalhes sobre os planos do general, a encobrirem a resistência, em especial um operador de rádio. 

Vemos também, o papel que a Itália desempenhou no sustento da Alemanha, este país foi pilhado de tudo, graças ao seu ditador algo louco como Hitler, Mussolini estava preso numa vila, mas as suas tropas eram fiéis a Hitler, permitindo as pilhagens, os roubos sucessivos que deixaram o povo italiano na penúria e a passar fome. E no fim da guerra a crueldade com que ambos os lados trataram os prisioneiros, os colaboracionistas… numa guerra como esta eventualmente todos perderam algo ou alguém. E Pino que acabara de descobrir o amor, acaba por perder a mulher dos seus sonhos de uma forma extremamente cruel.

Acho que o autor é um excelente contador de histórias, esta fascinou-me, emocionou-me, fez-me chorar e também ficar aborrecida quando acabou, porque acho que passou tão rápido que queria mais história ou certamente percorrer as ruas de Milão para conhecer as referências feitas no livro.

Uma história que não serve só para ser mais uma entre outras, mas que se destaca das outras por ser baseada em acontecimentos reais, por mostrar a realidade da época, as tomadas de decisão de cada um, as diferentes maneiras de lutar contra o regime de Hitler, fosse um clérigo, um homem do povo, um soldado, à sua maneira todos e cada um, lutaram e tentaram ajudar não somente as suas famílias e amigos assim como os judeus. Este é um livro certamente a ler e a recomendar !

Como Pino existem tantos heróis desconhecidos, ainda hoje vi um vídeo sobre Nicholas Winton que ajudou a transportar cerca de 600 crianças judias para a Inglaterra. Sempre a aprender!

Classificação: 5 estrelas


Podem ler a sinopse ou adquirir o livro utilizando os meus links de afiliada! 


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21/01/2023

Todos os lugares desfeitos, John Boyne (Opinião)

Título: Todos os lugares desfeitos

Autora: John Boyne

Número páginas: 368

Editora: Porto Editora 

Data Publicação: Outubro de 2022


Período de Leitura: 6 a 12 Janeiro


Sinopse: A aguardada sequela do bestseller mundial O Rapaz do Pijama às Riscas
Gretel Fernsby tem 91 anos e vive em Londres há décadas, sempre no mesmo quarteirão de luxo. Leva uma vida confortável e tranquila, apesar do seu passado sombrio. Nunca fala da sua fuga da Alemanha, mais de setenta anos antes. Nunca fala dos anos do pós-guerra, passados em França com a mãe. Sobretudo, nunca fala do pai, o comandante de um dos mais infames campos de concentração nazis.
É então que uma jovem família se muda para o apartamento por baixo do seu, e Gretel acaba por fazer amizade com Henry, o filho do casal, apesar de o seu rosto lhe trazer memórias que ela prefere esquecer. Quando Gretel é confrontada com a escolha entre a sua própria segurança e a de Henry, sabe que está perante a oportunidade de expiar a sua culpa, mesmo que isso a obrigue a revelar os segredos que passou a vida a proteger.

Todos os lugares desfeitos é uma história devastadora e imensamente bela sobre uma mulher marcada por um terrível passado e por um presente onde nunca é tarde para a coragem e para a redenção.


 

Opinião: Este livro foi lançado 16 anos depois do livro Rapaz do Pijama às riscas, e se neste tínhamos a história contada na perspectiva do pequeno Bruno em todos os lugares desfeitos teremos a história contada na perspectiva de Gretel, a irmã que sobreviveu. E confesso que não queria simpatizar com a velhinha simpática, afinal era a filha de um dos generais responsável por um dos maiores campos de concentração e que tratava os judeus como se gado fossem ( ou pior). Gretel tinha 12 anos na altura, e ainda que vivesse num mundo muito seu, e muito rosa pois sonhava acordada com um soldado que servia o seu pai, já tinha noção de certo e errado, e claramente sabia que aquele ódio e tratamento não era normal. Era uma criança e mal sabia o que fazer nessa altura pois vivia ainda o luxo do Reich.

Mais tarde sabemos que Gretel e a mãe fugiram para Paris, onde se fizeram passar por francesas originárias de Nantes, a sua história era no entanto pouco convincente, foram descobertas e castigadas pela resistência francesa. Daí e já sozinha, Gretel foge para a Austrália, onde o passado a encontra novamente na forma do soldado Kurtz, a sua paixoneta de adolescente. Até que decide ir para Inglaterra e começar tudo de novo… e aí conhece David, o seu grande amor que é judeu e Edgar o homem que a ama apesar de todo o seu passado. Gretel não esconde os seus segredos de ambos, o amor da sua vida desaparece e será como Gretel Fernsby que vive os seus dias tranquila, caindo numa rotina familiar e cercada de poucas pessoas de confiança.


Será a nova família que ocupa o apartamento debaixo do seu a espoletar as suas memórias, os seus medos e acima de tudo a fazer Gretel reviver, ao ver nos olhos do vizinho aparentemente charmoso, o mesmo olhar dos soldados alemães, do seu pai, memórias que ela não queria reviver, mas que será forçada a confrontar para ajudar Henry e a sua mãe. 


Com um final surpreendente, uma escrita que nos envolve e cativa com cada palavra acabei este livro tão surpreendida como chateada, por no final empatizar com Gretel. Não queria, pois sendo ela filha de um general nazi, tendo presenciado tantas atrocidades, tendo tanta informação que poderia ter ajudado a reconhecer tantos criminosos de guerra, ela optou por viver na sombra e optando pelo esquecimento, mas acaba por sacrificar o seu silêncio para salvar um menino, coisa que foi incapaz de fazer há muitos anos atrás… e com este acto acaba por expiar os seus pecados e deixar que a sua história não permaneça somente nas suas lembranças.

 

Classificação: 5 estrelas


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14/01/2023

O caderno do avô Heinrich, Conceição Dinis Tomé (Opinião)

Título: O caderno do avô Henrich

Autora: Conceição Dinis Tomé 

Número páginas: 96

Editora: Presença 

Data Publicação: Junho 2022

Período de Leitura: 2 a 6 Janeiro

Sinopse: 

Heinrich e Jósef conheceram-se na Polónia. Heinrich tinha chegado há pouco tempo da Alemanha, porque o pai não queria que o filho crescesse num país onde então dominavam o ódio, o preconceito, o abuso do poder e todas as formas de fanatismo. Naquele tempo, o homem que tinha subido ao poder resolveu dominar o mundo e perseguir todos aqueles que considerava serem de raças inferiores como os judeus ou os ciganos, e também todas as pessoas que lhe opusessem resistência. Esse homem chamava-se Adolf Hitler. Esta história, escrita com grande sensibilidade, conta-nos como Heinrich, e o seu amigo judeu, Jósef, apesar de tudo o que sofreram, conseguiram manter uma amizade que ficou para a vida. A autora mostra-nos ainda como o amor pelos livros e pela leitura, e a capacidade humana de criar beleza são importantes para promover a paz entre os povos.


Plano Nacional de Leitura

Livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada.


OpiniãoEste pequeno livro foi um achado que fiz no ano passado mas guardei a leitura para o #hol78. É um livro pequeno e que dá conta de tantos temas! Fala de amizade sem olhar a credos, fala da guerra, da crueldade de tratamento dada aos judeus e seus defensores, fala da importância do livro como conhecimento, como casa e refúgio.

 

No início da história, assistimos à tomada de decisão da  família de Heinrich de ir viver para a Polónia, mas especificamente para Varsóvia. Isto porque o pai de Henrich é contra a ideologia nazi, isto era algo perigoso, pois ninguém podia ir contra o regime e ao fazê-lo podiam ser presos, torturados ou mortos. 

 

Assim a história progride e conta-nos como surge a amizade de Heinrich e Jósef, um miúdo com um talento musical enorme, mas judeu, e como tal levado a viver no gueto destinado aos judeus. Jósef foi poupado pelos alemães com um propósito, não tinha sido levado para um  campo de concentração, mas todas as semanas tocava o violino no o cortejo de judeus que seriam enviados para os campos. Henrich não desistiu do seu amigo, com a ajuda de um jardineiro consegue infiltrar-se no gueto, passar-lhe alimentos até ao dia em que são apanhados…

 

A mãe de Heinrich também vivia aterrorizada, sabendo das actividades do marido, com a perspectiva do marido, que ajudava os judeus, ser apanhado. O pai de Heinrich levava uma vida dupla e secreta que ele mais tarde descobre, assim como a irmã de Jósef, por quem ele nutria uma paixoneta secreta. 

 

Vemos o desenrolar dos acontecimentos pelos olhos das duas crianças e dos adultos, mas são relatos de crueldade, medo e incerteza pelo futuro. E quando o pai de Heinrich, a irmã de Jósef, o próprio Josef e Henrich são apanhados pelo soldados a vida deles nunca será a mesma… 

 

O caderno do avô é descoberto anos mais tarde pelo seu neto Henrique, que irá ler naquelas páginas o relato pela voz do avô e sabemos que os dois amigos anos mais tarde se encontraram e retomaram a amizade que os unia. A autora cativou-nos do início ao fim com esta história, uma história que enfatiza o poder dos livros, como estes são arma contra a ignorância, como são refúgio nos momentos difíceis, como unem as pessoas.


Classificação: 5 estrelas


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Wook: https://www.wook.pt/?a_aid=60fe8431a7210

 

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