27/07/2017

2. Leituras de Agosto de 2016: O Amor é vermelho, Sophie Jaff

Título: o Amor é vermelho, Sophie Jaff
Editora: Marcador
Data 1ª Edição: 18/02/2016
Nº de Páginas: 360


Sinopse:

Tudo o que ela quer é encontrar o amor. Tudo o que ele quer é encontrá-la a ela.

Três mulheres são encontradas mortas com a pele gravada por sulcos de desenhos arcaicos e de significado intrincado. Isto abre a contagem de uma longa lista de vítimas do mais recente assassino em série que vagueia pelas ruas da cidade. 
Quando, no clima de ansiedade desencadeado pelos misteriosos assassinatos, Katherine conhece David, a química entre os dois é imediata.
David não é apenas bonito, é também culto, educado e atencioso. Mas Sael, o seu melhor amigo, é enigmático e contrastante: frio, hostil, e com uma intensidade perturbante. 
Sem se aperceber, Katherine vê-se envolvida num jogo de sedução em que as aparências não podem ser levadas em conta. Com o número de mortes a crescer, a cidade é tomada por uma psicose, e as raízes de uma história muito antiga estreitam-se em torno de Katherine e dos dois homens que lhe confundem o coração. 
Katherine Emerson nasceu para cumprir uma profecia secular, mas ela ainda não o sabe. No entanto, há um homem que o sabe: um assassino que persegue as mulheres da cidade de Nova Iorque. Um monstro que os media apelidaram de Homem Foice devido à arma que utiliza para transformar os corpos das suas vítimas em telas para a sua arte perversa. 

Ele rouba mais do que a vida das suas vítimas, e cada morte aproxima-o mais da mulher que tem de possuir custe o que custar. 
O Amor é Vermelho é um thriller escrito de forma brilhante. O leitor vai dar por si a levá-lo para todo o lado até chegar à última página.


Opinião:

Não foi dos meus favoritos, tinha erros na tradução, dos mais flagrantes que me lembro, página 170 roupa dentro do armário, traduzido por alguns linhos (o original: linem= lençóis ou toalhas/roupa para quartos ou wc). E não apresenta nada de novo no género, aliás reduzindo a história a um mínimo deparamo-nos com um cenário muito comum no género mistério/policial.

Fiquei deveras entusiasmada com o livro (a capa, a sinopse, os excertos, as opiniões...), era ao estilo dos Crimes do Rio Púrpura, pensava eu! A opinião no blogue Deus me Livro também me convenceu (e bastante à leitura), tudo prometia um grande livro, mas fiquei decepcionada já que o livro não veio trazer nada de novo ao estilo.

Trata-se até de um livro que descreve um cliché do género thriller: um serial killer com uma obessão por matar,com alguma arte, e que tenta encontrar uma vítima específica (é aqui que a autora tenta fazer com que apareça uma componente sobrenatural no livro, mas não sei se foi muito bem sucedida). A vítima essa não sabe de que é vítima dessa obsessão e vive uma vidinha descansada.

O cenário do livro é Nova Iorque (novamente nada cliché), uma série de raparigas solteiras começam a aparecer mortas e com a pele marcada por símbolos estranhos. Aliás o livro começa logo pela descrição de uma violação e morte de uma dessas jovens, descrição fria e cruel e que me fez logo colocar o livro de lado, mas a curiosidade levou-me a pegar no livro logo no dia a seguir. Surpresa minha, começamos a seguir a história de Katherine, a protagonista, e de como se envolve com dois homens totalmente diferentes: o doce David e o misterioso e charmoso Sael. Aqui uma parte do enredo que vai agradar aos leitores que preferem um género mais cor de rosa (eu!).

O livro vai alternando a narrativa entre Katherine e o assassino. Quem será? O doce David, o misterioso Sael? Alguém próximo de Katherine? Foi esta dúvida que me fez continuar com a leitura, no entanto a informação tardava em chegar pois vemo-nos envolvidos na relação sentimental deste trio, sendo que Katherine não se decide entre um ou outro. 

A autora austuciosamente tentou cativar públicos bem diferentes, os viciados em thrillers, os que adoram um bom romance e até os fãs do sobrenatural. Este é certamente um livro para quem procura algo fora do comum, uma escrita interessante e uma história que nos envolve. É o primeiro de uma trilogia, fico a aguardar os seguintes!

Período de Leitura: 29 Julho a 4 de Agosto de 2016

Nota: 3 estrelas

24/07/2017

1. Leituras de Agosto de 2016: A menina que engoliu uma nuvem do tamanho da torre Eiffel, Romain Puertólas

Título: A MENINA QUE ENGOLIU UMA NUVEM DO TAMANHO DA TORRE EIFFEL
Autor: Romain Puértolas
Edição/reimpressão:07-2015
Editor:Porto Editora
Idioma:Português
Páginas:200

SINOPSE:

Providence Dupois, uma carteira parisiense, precisa de viajar rapidamente para Marraquexe, a fim de resgatar a filha adotiva que se encontra gravemente doente. Contudo, quando está prestes a partir, um vulcão islandês de nome impronunciável desperta do seu sono profundo e paralisa todo o tráfego aéreo europeu. Desesperada por cumprir a sua promessa de reencontro, esta jovem mãe vai tentar tudo para chegar junto da filha, e, esgotadas todas as vias do possível, resta-lhe apenas uma última hipótese: voar. Para empreender uma tarefa tão audaz, contará com a ajuda preciosa de personagens peculiares, seja Léo Machin, um jovem apaixonado que emana um perfume de bondade e sabão Marseille, Tchang, um chinês que fala como se fosse um pirata, ou monges tibetanos que, quando não estão a rezar, ouvem Julio Iglesias.
Comovente mas pleno de humor, A menina que engoliu uma nuvem do tamanho da torre Eiffel é uma aventura que nos ensina que nada é impossível quando o amor de uma mãe é forte o suficiente para a fazer descolar até às nuvens. Dizem que o amor dá asas… Estão prontos para voar?


Opinião:

Um livro surpreendente, uma história emotiva e com um final comovente. Não conhecia a autora, fiquei cativada pela capa e depois fiquei envolvida num relato de uma viagem que tem de tudo, excepto algo normal.
Fiquei com os olhos marejados de lágrimas e a voz presa quando queria falar desta história, tendo eu sido mãe há menos de um ano revia-me no desespero daquela mãe que queria muito cumprir com a promessa de chegar até à filha gravemente doente.

O relato da história improvável de Providence comove-nos até à alma, somos tocados de uma forma inesperada pelo seu desespero, levados a acreditar que o impossível pode acontecer e que ela irá mesmo voar até chegar a Marrocos. De momentos hilariantes, a momentos comoventes, esta é uma história que todos deveríamos ler pois fala-nos da simplicidade e profundidade do que é amar alguém.

Período de Leitura: 29 Julho a 9 Agosto de 2016


Nota: 4 estrelas