Este livro creio traz-nos uma história mais negra que o habitual, temos um assassino bastante frio que desmembra as suas vítimas e as coloca em malas de viagem. A primeira mala aparece e Erika vê-se desde logo embrenhada profundamente na investigação deste novo crime. Rapidamente o associa com um outro que tem as mesmas características, apenas variando na vítima.
A narrativa foge um pouco ao normal de Bryndza, porque se foca bastante na história de Max e Nina, a dupla de assassinos. Surpreendente não é? Mas é verdade, pouco comum mas temos uma dupla. E na trama vemos o escalar de acontecimentos que levam uma miúda frágil e com necessidade de acompanhamento a tornar-se uma criminosa (ainda que tarde e recupere a consciência do certo e errado). Aqui a atenção ao detalhe, a descrição dos assassinos, o paralelismo das suas vidas. E a forma como o autor descreve Nina fazendo com que o leitor, pelo menos eu, tenha pena dela, levando a pensar e se? E se ela tivesse um suporte emocional melhor? Teria enveredado por este caminho? É aqui que acho que o autor se supera neste volume!
Mas também fiquei desiludida, pois vejo Erika novamente a fechar-se, a isolar-se das pessoas novamente e a centrar-se somente no seu trabalho honestamente não consegui perceber o que falhou com o Peterson. Mesmo o facto de ser atacada não a leva a afastar-se do trabalho (ou não pois Erika parece nunca ser capaz de desligar...). No entanto Erika vai a envolver-se profundamente na investigação, pois as filhas de Marsh serão raptadas e cabe a Erika resolver rapidamente o caso para conseguir recuperá-las com vida.
Um livro de leitura compulsiva, pelo menos para mim, um ritmo intenso e com um final surpreendente! Lido e recomendo!