24/05/2022

Sedução Irresistível, Elizabeth Hoyt

Título: Sedução Irresistível

Autor: Elizabeth Hoyt

Editor: Quinta Essência

Data Edição: Fevereiro, 2014

Género: Romance

Páginas: 340

Original: To Beguile a Beast (2009)

Série: A Lenda dos Quatro Soldados #3

 

Sinopse: O solitário Sir Alistair Munroe tem estado escondido no seu castelo desde o regresso das Colónias, com cicatrizes interiores e exteriores. Porém, quando una misteriosa beldade se apresenta à sua porta, a paixão que manteve controlada durante anos começa a ganhar vida.

Para fugir a erros passados, a lendária beldade Helen Fitzwilliam afastou-se do luxo da sociedade e vai para um castelo escocês semi abandonado… onde aceita o cargo de governanta. Contudo, Helen está decidida a começar uma nova vida e não permitirá que nem o pó nem um homem ríspido com cicatrizes a afugentem.

Sob o belo exterior de Helen, Alistair descobre uma mulher cheia de coragem e sensualidade. Uma mulher que não recua diante do seu mau génio ou das suas cicatrizes. Porém, quando começava a acreditar na existência do amor verdadeiro, o passado secreto de Helen ameaça separá-los. Agora a bela e o monstro devem lutar pela única coisa que não julgavam possível encontrar: um final feliz.

 

Opinião: este foi o meu livro favorito da série, tanto sir Alistair como Helen são personagens marcadas pela vida. Alistair carrega esse sofrimento no seu rosto, já Helen guarda para si um segredo que a pode impedir de ser feliz novamente.

Helen foge de Londres com receio que o seu amante lhe tire novamente os filhos e se veja presa a um relacionamento que não quer manter e apresenta-se à porta de sir Alistair como a governanta contratada.

Como a governanta, não tem experiência nenhuma, mas assegura que será capaz de  o ajudar na gestão do seu castelo, pois o mesmo deixa muito a desejar em termos de aparência e limpeza. Convenhamos, que a paz e o descanso de Alistair se esfumam. Mas Helen e as crianças enchem a casa de alegria após o início conturbado. Não muito preso às convenções sociais, Alistair insiste para que jantem sempre juntos e que mantenham uma convivência próxima. Claro está, que já aqui sub-entendemos, o seu interesse pela mulher que colocou a sua casa e a sua vida num alvoroço.

Cheio de peripécias, com raptos, viagens e muita acção à mistura o casal vai ter que fazer frente às convenções da sociedade para poderem viver o seu amor. Pelo meio a trama sobre a emboscada ao regimento dos 4 soldados adensa-se e há mesmo uma insinuação ténue de que o culpado seria o desaparecido Reynaud... mas já sabemos que esta história fica para a próxima leitura!

Classificação: 4 estrelas

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Vertigem de Paixão, Elizabeth Hoyt

Título: Vertigem de Paixão

Autor: Elizabeth Hoyt

Editor: Quinta Essência

Edição ou reimpressão: 04-2013

Género: Romance

Páginas: 372

Original: To Seduce a Sinner (2008)

Série: A Lenda dos Quatro Soldados #2

Período de Leitura: 24 a 25 de Abril

 

Sinopse:

Durante anos, Melisande Fleming amou Lorde Vale de longe… vendoo seduzir uma sucessão de amantes e, uma vez, entrevendo a intensidade de sentimentos sob o seu exterior despreocupado. Quando ele é abandonado no dia do casamento, ela enche-se de coragem e oferece-se para ser sua mulher.

Vale tem todo o gosto em desposar Melisande, nem que seja apenas para produzir um herdeiro. Porém, tem uma agradável surpresa: uma dama tímida e recatada durante o dia, ela é uma libertina durante a noite, entregando-lhe o seu corpo… mas não o seu coração. Decidido a descobrir os segredos de Melisande, Vale começa a cortejar a sua sedutora mulher - enquanto esconde os pesadelos dos seus dias de soldado nas Colónia que ainda o atormentam. No entanto, quando uma mortífera traição do passado ameaça separá-los, Lorde Vale tem de expor a sua alma à mulher com quem casou… ou arriscar-se a perdê-la para sempre.

 

Opinião: Acho que este volume foi muito bom! Continuamos a história dos soldados emboscado e lorde Vale foi um deles. No entanto optou por se esconder atrás de uma capa de brilho e ostentação, encarnou uma persona por assim dizer, mas sempre atormentado pelas memórias da batalha que ceifou a vida de muitos e deixou outros seriamente marcados. Ele teve sorte, não tem mazelas físicas vísiveis, mas tenta a todo o custo esquecer as memórias das atrocidades que viveu. E encarna a personagem de Jasper Renshaw, o duque de Vale, um cavalheiro da corte extremamente cativante e atraente.

A história fica interessante quando, após ter sido deixado no altar Jasper recebe uma proposta de Melisande, que o ama desde sempre, mas a quem era invisível. Aproveitando uma oportunidade de estar a sós com o duque na igreja, Melisande faz-lhe uma proposta inesperada, a de se tornar sua esposa e cumprir o papel de duquesa. Mas quando estes dois se juntam, digamos que o improvável acontece, e acabam enamorados um pelo outro.

Melisande tem tudo para triunfar, como a boa heroína que é, é uma mulher incomum, misteriosa, sensual e que acaba por conquistar o marido.

A par da história romântica e sensual acompanhamos Vale na busca da verdade, ele procura descobrir o que aconteceu ao seu regimento emboscado pelos índios em Spinner’s Falls. Vale busca a ajuda dos seus compatriotas ainda vivos para ver se consegue juntar as peças do quebra cabeças que representa a história da guerra.

O próximo livro, será o de Alistair, que ficou terrivelmente marcado pela guerra, não sendo um soldado regressa e isola-se na sua casa na Escócia, recluso por vontade prória verá a sua vida interrompida por uma misteriosa dama e os seus dois filhos... mas isso é outra história!

Classificação: 4 estrelas

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23/05/2022

O Sabor da Tentação, de Elizabeth Hoyt

Título: O Sabor da Tentação (Saga: A Lenda dos Quatro Soldados #1)

Data de Edição: maio de 2008

Editor: Quinta Essência

Páginas: 376

Período de Leitura: 19 a 24 de Abril

 

SINOPSE:

Lady Emeline Gordon é um modelo de sofisticação nos círculos sociais da elite londrina, sempre elegante e impecavelmente educada. Como tal, é a companhia perfeita para Rebecca, a jovem irmã de um empresário bem sucedido de Boston, que fora soldado nas Colónias.

Samuel Hartley pode ser rico, mas as suas maneiras são tão pouco civilizadas como as regiões inexploradas da América nas quais foi criado. Quem vai de mocassins a um baile distinto? O seu desdém arrogante em relação a decoro enfurece Emeline, embora a sua ousadia a excite.

Mas sob os modos desenvoltos de Samuel, ele é assombrado pela tragédia. Foi a Londres para ajustar contas, não para se apaixonar. Mas por muito que Emeline deseje sentir as mãos deste homem despudorado sobre ela, saborear aqueles mesmos lábios com que ele a arrelia, tem se dominar. Ela não é livre. Mas algumas coisas estão fora do controlo de uma senhora…

 

Opinião: como já vos contei anteriormente comecei esta série pelo último livro, e como gostei da história decidi ler os restantes livros. Novamente somos transportados para a Inglaterra do século XVII e seguimos a vida de Lady Emeline (a irmã de Reynaud), uma viúva, rica, com um certo estatuto e com um filho do seu falecido marido.

Emeline apercebe-se da chegada de um novo vizinho, Samuel Hartley, que se apresenta à sua porta para lhe pedir que acompanhe a sua jovem irmã e a lance na sociedade londrina. Sendo ele um homem rico, de negócios, não deixa de ser um colono americano. E ainda com a entrada dificultada em certos círculos. Samuel no entanto, veio também para Inglaterra, com um propósito escondido, quer investigar mais em detalhe o que aconteceu ao seu regimento em Spinner Fall, onde muitas vidas se perderam e Samuel suspeita de traição.

Mal sabe Samuel que a par da investigação se vai apaixonar por esta bela viúva, Emeline uma mulher muito bem resolvida e senhora de si vai dar muita luta, mas no final, não resistirá aos encantos de Samuel!

Um primeiro volume que nos aguça a curiosidade para o mistério que se adensa, um romance escaldante e um primeiro conto de fadas que nos fala do Cavaleiro Coração de ferro.  Uma série muito interessante sem dúvida!

Classificação: 4 estrelas

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A pequena livraria dos recomeços, Jenny Colgan

Título: A pequena livraria dos Recomeços 

Edição/Reimpressão: 03-2022

Editor: Edições Chá das Cinco

Páginas: 416

Período de Leitura: 20 a 22 de Abril

 Sinopse: Nas Terras Altas, há uma pequena livraria à sua espera…

Zoe e o seu filho necessitam desesperadamente de uma mudança. Ela quer deixar Londres e construir uma nova vida. Entre o minúsculo estúdio que mal pode pagar e as buzinas que os mantêm acordados, Zoe sente que está prestes a enlouquecer.

Num impulso, ela aceita um emprego nas Terras Altas. A função exige alguém capaz de cuidar de três «crianças dotadas», duas das quais se comportam como pequenos animais selvagens. O pai está de rastos, e os filhos correm livremente pelo enorme castelo em ruínas nas margens de um lago repleto de urzes.

Com a ajuda de Nina, a simpática livreira local, Zoe começa a criar raízes na comunidade. Serão os livros, o ar fresco e a bondade suficientes para curar uma família destruída?

                                                                                     ********* 

Opinião: Este livro foi delicioso! É o segundo volume e a continuação da saga Scottish Bookshop, e já me informei que há um terceiro volume, resta saber quando chegará até nós em Portugal! E evidentemente não há quem resista a livros com escoceses e as magníficas paisagens da Escócia.

Neste volume acompanhamos a gravidez de Nina e o romance da sua ajudante, Zoe. Esta é uma mulher que sobrevive em Londres, com um emprego mal remunerado num colégio para crianças filhas de pais ricos (e snobes), mas através da irmã do seu ausente companheiro, que acaba por deixá-la para seguir a sua carreira de DJ em Espanha, fica a saber de Nina, da sua carrinha de livros ambulante e de um local magnífico onde pode ficar como cuidadora de três crianças, que se revelam ser muito traquinas, e isto sou eu a ser simpática.

Zoe significará a mudança naquela casa, naquelas crianças, naquele homem atormentado, a necessitar de ajuda séria com a gestão da propriedade familiar e encontrará o amor e um novo rumo para a sua vida e a do seu filho.

A juntar a esta trama conhecemos novas personagens da aldeia e dos arredores que compõem o ramalhete deste cenário idílico escocês!

Ansiosa para que venha o terceiro volume!

Classificação: 4 estrelas

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A Última Livraria de Londres - Madeline Martin

Título: A Última Livraria de Londres

Autor: Madeline Martin

Editor: TopSeller

Edição: 01-2022

N.º de Páginas: 304

Período de Leitura: 15 a 20 de Abril


Sinopse: 
Uma cidade reprimida pelo medo, dilacerada pela guerra e reunida pelo poder dos livros. Agosto de 1939: à medida que as forças de Hitler se espalham pela Europa, Londres prepara-se para a guerra.

Grace Bennett sempre sonhara em mudar-se para a cidade, mas os abrigos e os blackouts obrigatórios que encontra à chegada nada têm que ver com o charme cosmopolita que idealizara. Além de que Grace sempre se imaginara a trabalhar num dos chiques armazéns de moda de Londres e não numa pequena e estranha livraria no coração da cidade.

A guerra, por fim, abate-se sobre Londres, provocando uma das suas maiores tragédias: noite após noite, as esquadrilhas de aviões da «guerra-relâmpago» alemã bombardeiam a cidade, arrasando-a impiedosamente. Sobrevivendo ao caos e à destruição, Grace resiste na livraria, descobrindo no poder das palavras uma força capaz de triunfar sobre as noites mais negras.

Uma homenagem ao poder da literatura, inspirada nas poucas livrarias londrinas que sobreviveram ao Blitz.


Opinião: 

Este foi um livro que me surpreendeu. O tema é do meu agrado, por isso o comprei, mas a supresa advém do facto que mesmo em tempos de guerra as pessoas procuram conforto, umas nas outrs mas também nos livros, que as podem transportar para fora de uma realidade cruel em que vivem e levá-las a mundo bem melhores e guardam a esperança em dias melhores.

Após a morte da mãe e a perda da sua herança, Grace parte para Londres com a uma amiga, no entanto e apesar de já carregar uma sombra, a vida de ambas (e de todos) é ensombrada face à entrada eminente na guerra com a Alemanha. Ajudada por uma amiga da sua mãe que as acolhe e ajuda a encontrar emprego, na livraria do sr. Evans. Grace é bafejada com um emprego que vai mudar a sua vida para sempre, ainda que ela nem o saiba. Acolhida numa livraria sombria, com pouca afluência e com um dono taciturno e pouco falador Grace sente-se um pouco frustrada, a sua amiga a trabalhar no armazém Harrods onde tudo é luxo e glamour, e ela está rodeada por livros, estantes desorganizadas, muitos papéis espalhados e pó muito pó! Não sendo pessoa de desistir (até porque precisa do dinheiro e uma carta de recomendação) Grace lança mãos à obra e começa a limpar, a recolher papéis, a organizar a contabilidade... pensa em maneiras de melhorar a loja, desde decoração e organização e vai trazer a luz àquela livraria recôndida e ensombrada pela tristeza.

Nesse mesmo local conhece o que será o amor da sua vida, o sr. George Anderson, vai conhecer a noção de camaradagem, de família fora da família e até uma inimiga literária! Mas o seu percurso é interessante pois será aqui que Grace descobre o seu amor pelos livros, não só pelo seu galã! E é pela mão desde e pelas suas palavras que no meio de uma guerra inicia um percurso maravilhoso, o da literatura:

“Do que é que gosta mais no ato de ler? (..)

“-É uma bela pergunta. É como pedir-me para descrever todas as cores de um caleidoscópio a rodar. (..) Ler é...(...) É ir a outros lugares sem apanhar um comboio ou um barco, é o desvendar de novos mundos, incríveis. É viver uma vida que não é a nossa e ter a hipótese de ver as coisaa coloridas pela perspectiva de outra pessoa. É aprender sem ter de enfrentar as consequências do falhanço, perceber qual o melhor caminho para o sucesso. – Hesitou. – Acho que dentro de todos nós há um vazio, uma lacuna à espera de ser preenchida por alguma coisa. Para mim, essa “alguma coisa” são os livros e todas as experiências que eles nos oferecem.”, páginas 68 e 69.

Quando Londres entra em guerra, já Grace tinha introduzido mudanças que alteraram a afluência das pessoas à livraria, Grace mudou montras, organizou leituras, criou cartazes de divulgação das obras e seus autores, mudou pessoas, como o sr. Evans que acabou a pouco e pouco a tornar-se um pouco mais comunicativo e aberto com Grace, e todo isto devido ao poder que os livros têm, o de unir pessoas tão díspares como a noite e o dia!

Grace vê os seus amigos partirem para a guerra, vê o sofrimento causada pela mesma em famílias e amigos que se vão perdendo, a angústia por quem está na linha da frente, e decide que tem que enfrentar e ajudar ao esforço da guerra. Fá-lo juntando-se às patrulhas noturnas que ajudam os habitantes locais em caso de ataque aéreo. Conhece os seus vizinhos, as suas casas, as suas vidas. E será a ler que Grace os ajudará a esquecer esses mesmos ataques, a leitura vai uni-los e a fazer com que a livraria seja o ultimo bastião de resistência aos ataques insistentes por parte dos bombardeiros alemães.

Foi para mim uma leitura excepcional, não entra demasiado nos horrores da guerra, com descrições detalhadas e demoradas sobre a destruição e sofrimento, mas antes pelo contrário, foca-se na capacidade de recuperação, na resiliência e na maneira como as pessoas se entreajudam face a uma grande catástrofe.

Uma leitura que recomendo aos amantes de livros, aos que gostam de ler sobre pessoas que amam livros e uma leitura que nos contextualiza um pouco melhor sobre o que foi o Blitz.

Classificação: 5 estrelas


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Coração Selvagem, Elizabeth Hoyt

 

Autor: Elizabeth Hoyt

Editor: Quinta Essência

Data de Publicação: Fevereiro, 2015

Género: Romance

Páginas: 340

Título Original: To Desire a Devil (2009)

Período de Leitura: 13 a 14 de Abril

Sinopse: Reynaud St. Aubyn passou os últimos sete anos num cativeiro infernal. Agora meio louco com febre, surge de repente no seu lar ancestral e exige o que lhe é devido. Pode este homem de aparência selvagem ser realmente o último herdeiro do conde, julgado morto por índios anos atrás?

Beatrice Corning, sobrinha do actual conde, é uma boa jovem inglesa. Mas tem um segredo: nenhum homem em carne e osso a excitou mais do que o belo jovem do quadro pendurado em casa do tio. De repente, esse mesmo homem está ali, em carne e osso… e a atraí-la para a sua cama.

Apenas Beatrice consegue ver o homem nobre dentro do aspecto selvagem de Reynaud. Reynaud sente-se atraído por aquela jovem encantadora, embora desconfie da lealdade dela. Mas poderá o amor de Beatrice domar um homem que não se deterá diante de nada para recuperar o seu título… mesmo que isso signifique sacrificar a inocência dela?

                                                            *********

Opinião: Comecei esta saga, “Lenda dos Quatro Soldados”,  ao contrário! Comecei pelo volume quatro que é o último da série. Mas leu-se muito bem. Precisava de um livro assim, porque tinha andado com leituras arrastadas. E este veio mesmo a calhar, uma história divertida, interessante e que capta logo a nossa atenção desde o início. 

Este livro é o culminar do mistério, a resolução de quem esteve por trás da emboscada que gerou o  ataque, que marcou e mudou a vida de muitos soldados e oficiais do exército inglês, quando emboscados por uma tribo índia durante a guerra contra os franceses nos Estados Unidos.

Esta será a história de Reynaud, que é mencionado várias vezes anteriormente (sei porque depois fui ler os outros livros), pelos seus amigos, pelas heroínas dos livros anteriores e que está dado como morto! Mas afinal ele não morreu, esteve cativo durante sete longos anos e quando regressa vê a sua casa ocupada por um outro “herdeiro” do título e uma sobrinha que o cativa e enfrenta!

Beatrice, Reynaud, lorde Vale, Samuel, Alistair e Emeline, irmã de Reynaud vão estar envolvidos numa trama profunda e perigosa até que descobrem o culpado pela traição ao seu regimento e o causador de tanto sofrimento!

Uma curiosidade, em cada livro, temos em cada capítulo, parte da história de uma soldado e o seu caminho em busca da felicidade com a sua princesa, e após os vários capítulos, tudo acaba bem! É uma história dentro da história e no final cada “SOLDADO” fica com uma cópia destes contos de fadas contados a Reynaud e Emeline pela sua ama germânica.

Este foi o final feliz de Reynaud e Beatrice mas também o fechar da trama, para mim foi o início da história que fui posteriormente terminar! Uma série que recomendo para quem aprecia este género.

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21/05/2022

Ferozes, Helena Magalhães

Título: Ferozes

Autora: Helena Magalhães 

Edição/Reimpressão 10-2021

 Editor: Suma de Letras 

 Páginas: 272

Período de Leitura: 29 a 31 de Março 



SINOPSE

Numa voz intimista e com humor, a escritora Helena Magalhães analisa o impacto da cultura patriarcal em que as mulheres continuam a viver, enquanto partilha histórias pessoais que nos fazem pensar sobre o crescimento, a descoberta de quem somos e qual é o nosso propósito. Tudo isto enquanto lidamos com as amizades, mudanças de empregos, família, perda, traumas e, claro, o amor.

Esta é uma história sobre os triunfos e as frustrações da vida adulta e os medos e incertezas que nos condicionam. Sobre aprendermos a deixar de ser como os outros nos veem para sermos aquilo que vemos em nós. E sobre os laços entre mulheres e a força transformadora das amizades femininas.

Porque é nessa jornada, com tudo o que carregamos aos ombros, que nos tornamos ferozes.


                                                                       ******


Opinião: Ferozes é um livro de e para mulheres. É um livro que nos fala de como as mulheres são ainda condicionadas por um sistema de valores tradicional e que muitas vezes ficam presas a esses condicionalismo, ao que é esperado delas.

É também um livro que retrata o valor das amizades, as escolhas que têm que ser feitas ao longo da vida, sejam as acertadas ou não. O impacto do amor nessa mesma vida e também o que se retira de todas as experiências que temos, o que fica, o sentimento que permanece seja ele um sentimento bom ou mau, pois isso é o que nos faz crescer enquanto mulheres e sermos “ferozes”. 

Esta Helena, como tantas outras mulheres, é um ser imperfeito, que faz todo um caminho para se aceitar como tal, ouvindo a su própria voz no meio de tanta outras que abafam a sua! Um livro que apesar de bem escrito, com histórias com as quais nos identificamos mas que é por vezes difícil de ler. 

Partilho convosco alguns dos excertos que gostei:

“Tenho medo do meu corpo. Tenho medo de que seja demasiado visível e, um dia, um homem volte a sentir que pode pegar nele e fazer dele o que quiser. Tenho medo de que seja demasiado invisível e que silencie a voz que anseio ter. Como seria para nós, mulheres, se pudéssemos ser ferozes, se pudéssemos usar o nosso corpo como uma coroa sem termos de o moldar tanto para agradar como para nos proteger dos homens? Como seria para nós se não tivéssemos de viver, todos os dias, com a dualidade de querermos ser desejadas, amadas e, ao mesmo tempo, respeitadas e donas da nossa liberdade?

As mulheres vivem todos os dias com medo. ”, Excerto de Ferozes, Helena Magalhães, página 18

“Tinha-o perdido, mais uma vez, para a distância, para os timings da vida, que às vezes são uma merda, para o amor que às vezes não basta, para as pessoas que conhecemos e vamos conhecer e que nos afastam cada vez mais. E sorri porque esta era a fantasia que eu sabia controlar.”, Excerto de Ferozes, Helena Magalhães, página 32

“Claro que hoje sei que tudo isto é normal, estamos em constante mutação. É normal termos medos. É normal termos sonhos que, eventualmente, nunca iremos concretizar porque estão para lá das nossas possibilidades. E isso não faz mal. Ter sonhos faz-nos querer ser melhores, desafia-nos todos os dias.” Excerto de Ferozes, Helena Magalhães, página 44

“Ao longo da vida, as outras pessoas vão sempre opinar sobre as nossas escolhas, salientar as nossas fraquezas e desdenhar das nossas conquistas. E isso aplica-se a quase tudo, desde a vida pessoal à profissional, por termos pés esquerdos para o baile ou por estarmos a tentar com todas as nossas forças entrar num emprego aparentemente impossível. A coisa mais idiota que podemos fazer é permitir que os outros condicionem a nossa vida com as suas opiniões, críticas e julgamentos. A única pessoa com quem competimos é com nós mesmas.” Excerto de Ferozes, Helena Magalhães, página 56

Classificação: 4 estrelas

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09/05/2022

Mulheres que compram flores, Vanessa Montfort

Título: Mulheres que compram flores

Autora: Vanessa Montfort

Edição: 08-2020

Editor: Porto Editora

Páginas: 384

Género: Romance

 Período de Leitura: 14 a 29 de Março

Sinopse

Num bairro pequeno e central da cidade, há cinco mulheres que compram flores. A princípio, nenhuma o faz para si própria: uma compra-as para um amor secreto, outra para o seu escritório, a terceira para as pintar, uma outra para os seus clientes, e a última… para um homem morto.

«A última sou eu e esta é a minha história.»

Após a perda do seu companheiro, Marina percebe que está totalmente perdida: durante demasiado tempo, ocupou um lugar secundário na sua própria existência. Procurando começar do zero, aceita um trabalho temporário numa curiosa florista chamada «O Jardim do Anjo». Lá, encontrará outras mulheres, todas muito diferentes entre si, mas que, como ela, estão numa encruzilhada vital no que diz respeito ao trabalho, aos amores, aos desejos ou à família. Do relacionamento entre elas e Olivia, a excêntrica e sábia dona da florista, despontará uma amizade íntima da qual depende o novo rumo que as suas vidas tomarão.

Viciante, divertido, romântico e honesto, Mulheres que compram flores é um comovente romance sobre amizade e independência feminina, numa viagem épica rumo ao centro dos sonhos da mulher contemporânea.

 

A Minha Opinião:

Este livro vai contar-nos a história de seis mulheres, que nada têm em comum entre si excepto o facto de nunca terem vivido o amor pleno. Os seus encontros, graças à pequena florista no Jardim do Anjo, vão proporcionar momentos de verdadeira descoberta e libertação para aquelas mulheres. Guiadas pela sábia Olívia, acabam por se libertar dos medos com que vivem, que as condicionam, para partirem à descoberta de si mesmas e deixarem de obedecer ao que a sociedade espera delas e do seu papel.

Esta florista situa-se no bairro das Letras, em Madrid, e é onde se centrará quase toda a ação do livro, aqui as seis mulheres, em pleno verão, iniciam o caminho para darem um novo rumo à sua vida. Tudo começa com a chegada de Marina à florista, é a primeira das mulheres a que de certa forma somos apresentados, Marina procura a sua entidade após a perda do seu marido Óscar, que a deixou no mundo sem rumo, uma “co-piloto” que se vê só e incompreendida pela família, que inicia a mudança de rumo,com uma mudança de casa, e numa florista em particular:

“Num bairro pequeno e central da cidade, há cinco mulheres que compram flores. A princípio, nenhuma o faz para si própria: uma compra-as para um amor secreto, outra para o seu escritório, a terceira para as pintar, uma outra para os seus clientes, e a última…para um homem morto.”

Marina dá-nos conta da sua história, mas também as histórias das outras mulheres, mostra-nos como, de uma pequena lagarta envolta na sua crisálida, pode emergir a borboleta que estende as suas asas e aprende a voar pelos céus da vida sozinha. A autora não fala só de Marina, que tenta redefinir-se após a perda do marido. Retrata também a história de cada uma das seguintes mulheres, Gala, Casandra, Victoria, Aurora e Olívia que são as novas amigas de Marina. 

Guiadas pela sabedoria de Olívia, cada uma delas parece inserirem-se numa “categoria” das mulheres na sociedade actual. Aurora a que sofre por um relacionamento que não é equitativo e se vê explorada psicologicamente e financeiramente pelo parceiro. Gala que busca manter a sua beleza intocável não aceitando uma relação estável, o passar do tempo e o efeito que tem na sua aparência. Cassandra, a super mulher que está lá por tudo e todos e Victoria a mulher que está em todo o lado e tem que ser bem sucedida em todas as vertentes da sua vida quer seja pessoal ou profissional. E Olívia que age como a voz da sabedoria, movida pela sua experiência guia estas mulheres e incentiva-as a viverem e a não se deixarem paradas, assim todas elas acabam de sair das situações que as frustravam e que as impediam de viver a vida em pleno!

Marina consegue cumprir a sua promessa ao marido de deixar as suas cinzas em Tanger, navegando até lá, e será nesta viagem que nos conta a sua história e a das outras mulheres do seu grupo, de amor, da amizade, solidariedade e entreajuda que se estabelece entre elas!

É sobretudo uma história que nos fala da realidade das mulheres de hoje, das suas dificuldades, no viver num mundo de aparências, o mostrar sempre o seu lado forte e que para ser bem sucedidas têm que ser triunfar em todos os campos da sua vida, a falha não é aceitável. Mas aqui está, esta é uma história que retrata mulheres imperfeitas, que aceitam que o caminho não é a perfeição ou o aceitar tudo, e viver de acordo com as expectativas criadas para as mulheres, mas pelo contrário é conviver com as imperfeições, aceitá-las e fazer as coisas da melhor maneira que conseguem, vivendo para si e não para as expectativas que criam os outros!

Este foi o meu livro de estreia com a autora, confesso que não foi um livro que me foi fácil de ler, existem muitas personagens, histórias que se entretecem, mas que depois são pouco exploradas e com um final que considero abrupto. Foi uma leitura que considerando o todos gostei bastante, mas fiquei com pena porque achei que Olívia merecia mais atenção (ou mais umas páginas do livro).

Classificação: 4/5

Excertos:

“Mas nessa altura já sabia que a vida era um espetáculo sem ensaios. Uma estreia sem rede de segurança. A tua partida ensinara-mo. E continuei a confirmá-lo depois deste verão que mudou a minha vida.”, página 14

“De que, para se reconstruir, qualquer ser humano precisa de encontrar o seu próprio oásis. Um lugar que contivesse a paz ansiada, onde fosse possível estar rodeado das coisas que nos faziam felizes para nos fecharmos com elas quando precisássemos. Uma toca onde hibernar, mesmo que fosse verão. Uma estufa com o microclima perfeito para crescermos, para nos transformarmos e fortalecermos novamente. O meu oásis teria a forma de uma florista e chamava-se O Jardim do Anjo.”, página 18

“– O que quero dizer é que, na vida, quando sofremos um golpe duro que nos arranca do nosso estado de conforto, tudo é novidade, queiramos ou não, e a pessoa que somos é passível de ser reescrita. Dás-te conta da vantagem que tens? – continuou, abanando-se com um leque branco como o seu vestido de linho, e as duas borboletas de vidro que lhe pendiam das orelhas pareciam segui-la a voar.”!, página 52

“Decididamente, o Peter Pan está a ensinar-me muitas coisas.

Ensinou-me, por exemplo, a não ficar fundeada, encalhada em doca seca toda a vida. Porque um barco que fica muito tempo num porto oxida-se e apodrece.

O Peter Pan ensinou-me ontem à tarde a importância de aproar ao vento. Antes é preciso esperar pelo momento certo em que sopre a favor para desfraldar as velas sem maior esforço e com um puxão experiente. Depois, basta esperar que nos empurre. Mas ai de nós se não aproveitamos o momento. Talvez não tenhamos outro.”, página 111

“Sabes, Marina? Há uma coisa que sempre me assustou. As pessoas que morrem sem nunca terem passado pela fase da crisálida morrem sem se conhecerem. O mínimo que se espera é que cheguemos aos nossos últimos dias e digamos a nós mesmas: «Muito prazer por te ter conhecido.» Não achas?”, página 133

“Na sua cabeça não tinha deixado de ecoar uma frase da Olivia: «O verdadeiro amor é inesperado. Inevitável. Quando até nos aborrece sentir o que sentimos por essa pessoa. E nos assusta. No entanto, se nos deixarmos levar e nos atrevermos a apreciá-lo sem medo, não há nada no mundo que nos faça sentir mais vivos.”, página 135

“Creio que foi pouco depois desse dia que li um artigo de Luis Rojas Marcos em que explicava que a mulher espanhola era a terceira mais longeva do mundo. E o mais divertido e chocante era que, segundo o seu raciocínio, isso se devia a falarmos muito. Se a sua teoria estiver certa e só tivermos em conta o que falámos durante aqueles dias, agora nós as cinco devemos ser praticamente imortais. O psiquiatra argumentava que, ao expressarmo-nos, exteriorizávamos os nossos sentimentos através da palavra. Resumindo e concluindo, segundo ele devíamos a nossa sobrevivência extrema à conversa: uma terapia para ativar as nossas defesas e suportar a adversidade. ”, página 204

“Agora já sei. É preciso aprender a dançar sobre um cemitério. A fazer nascer flores sobre os mortos. A aceitar o fracasso, porque o fracasso não existe. Só existe o fim das coisas. Não nos ensinam a aceitar a caducidade do que é importante. Não nos ensinam que às vezes o único fracasso é a inércia de as fazer continuar.

Porque tudo caduca, como me disse a Olivia, as coisas boas e as coisas más. O amor e o sofrimento. Agarro com força na tua urna e penso que uma vida que termina não é um fracasso. Tudo depende de como a vivemos. E se a minha terminasse esta noite, após esta viagem, já seria um êxito. Uma relação que termina não é um fracasso, depende do que nos deu, de como nos enriqueceu, do que nos deixou depois da sua morte.

Se tiver compensado, foi um êxito.

Não viver ou só pensar que se vive não é.

É preciso amar. E amar bem. Intensamente. Mesmo que acabe.”, página 365

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