23/05/2022

A Última Livraria de Londres - Madeline Martin

Título: A Última Livraria de Londres

Autor: Madeline Martin

Editor: TopSeller

Edição: 01-2022

N.º de Páginas: 304

Período de Leitura: 15 a 20 de Abril


Sinopse: 
Uma cidade reprimida pelo medo, dilacerada pela guerra e reunida pelo poder dos livros. Agosto de 1939: à medida que as forças de Hitler se espalham pela Europa, Londres prepara-se para a guerra.

Grace Bennett sempre sonhara em mudar-se para a cidade, mas os abrigos e os blackouts obrigatórios que encontra à chegada nada têm que ver com o charme cosmopolita que idealizara. Além de que Grace sempre se imaginara a trabalhar num dos chiques armazéns de moda de Londres e não numa pequena e estranha livraria no coração da cidade.

A guerra, por fim, abate-se sobre Londres, provocando uma das suas maiores tragédias: noite após noite, as esquadrilhas de aviões da «guerra-relâmpago» alemã bombardeiam a cidade, arrasando-a impiedosamente. Sobrevivendo ao caos e à destruição, Grace resiste na livraria, descobrindo no poder das palavras uma força capaz de triunfar sobre as noites mais negras.

Uma homenagem ao poder da literatura, inspirada nas poucas livrarias londrinas que sobreviveram ao Blitz.


Opinião: 

Este foi um livro que me surpreendeu. O tema é do meu agrado, por isso o comprei, mas a supresa advém do facto que mesmo em tempos de guerra as pessoas procuram conforto, umas nas outrs mas também nos livros, que as podem transportar para fora de uma realidade cruel em que vivem e levá-las a mundo bem melhores e guardam a esperança em dias melhores.

Após a morte da mãe e a perda da sua herança, Grace parte para Londres com a uma amiga, no entanto e apesar de já carregar uma sombra, a vida de ambas (e de todos) é ensombrada face à entrada eminente na guerra com a Alemanha. Ajudada por uma amiga da sua mãe que as acolhe e ajuda a encontrar emprego, na livraria do sr. Evans. Grace é bafejada com um emprego que vai mudar a sua vida para sempre, ainda que ela nem o saiba. Acolhida numa livraria sombria, com pouca afluência e com um dono taciturno e pouco falador Grace sente-se um pouco frustrada, a sua amiga a trabalhar no armazém Harrods onde tudo é luxo e glamour, e ela está rodeada por livros, estantes desorganizadas, muitos papéis espalhados e pó muito pó! Não sendo pessoa de desistir (até porque precisa do dinheiro e uma carta de recomendação) Grace lança mãos à obra e começa a limpar, a recolher papéis, a organizar a contabilidade... pensa em maneiras de melhorar a loja, desde decoração e organização e vai trazer a luz àquela livraria recôndida e ensombrada pela tristeza.

Nesse mesmo local conhece o que será o amor da sua vida, o sr. George Anderson, vai conhecer a noção de camaradagem, de família fora da família e até uma inimiga literária! Mas o seu percurso é interessante pois será aqui que Grace descobre o seu amor pelos livros, não só pelo seu galã! E é pela mão desde e pelas suas palavras que no meio de uma guerra inicia um percurso maravilhoso, o da literatura:

“Do que é que gosta mais no ato de ler? (..)

“-É uma bela pergunta. É como pedir-me para descrever todas as cores de um caleidoscópio a rodar. (..) Ler é...(...) É ir a outros lugares sem apanhar um comboio ou um barco, é o desvendar de novos mundos, incríveis. É viver uma vida que não é a nossa e ter a hipótese de ver as coisaa coloridas pela perspectiva de outra pessoa. É aprender sem ter de enfrentar as consequências do falhanço, perceber qual o melhor caminho para o sucesso. – Hesitou. – Acho que dentro de todos nós há um vazio, uma lacuna à espera de ser preenchida por alguma coisa. Para mim, essa “alguma coisa” são os livros e todas as experiências que eles nos oferecem.”, páginas 68 e 69.

Quando Londres entra em guerra, já Grace tinha introduzido mudanças que alteraram a afluência das pessoas à livraria, Grace mudou montras, organizou leituras, criou cartazes de divulgação das obras e seus autores, mudou pessoas, como o sr. Evans que acabou a pouco e pouco a tornar-se um pouco mais comunicativo e aberto com Grace, e todo isto devido ao poder que os livros têm, o de unir pessoas tão díspares como a noite e o dia!

Grace vê os seus amigos partirem para a guerra, vê o sofrimento causada pela mesma em famílias e amigos que se vão perdendo, a angústia por quem está na linha da frente, e decide que tem que enfrentar e ajudar ao esforço da guerra. Fá-lo juntando-se às patrulhas noturnas que ajudam os habitantes locais em caso de ataque aéreo. Conhece os seus vizinhos, as suas casas, as suas vidas. E será a ler que Grace os ajudará a esquecer esses mesmos ataques, a leitura vai uni-los e a fazer com que a livraria seja o ultimo bastião de resistência aos ataques insistentes por parte dos bombardeiros alemães.

Foi para mim uma leitura excepcional, não entra demasiado nos horrores da guerra, com descrições detalhadas e demoradas sobre a destruição e sofrimento, mas antes pelo contrário, foca-se na capacidade de recuperação, na resiliência e na maneira como as pessoas se entreajudam face a uma grande catástrofe.

Uma leitura que recomendo aos amantes de livros, aos que gostam de ler sobre pessoas que amam livros e uma leitura que nos contextualiza um pouco melhor sobre o que foi o Blitz.

Classificação: 5 estrelas


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