Título: Os Sonhos que Tecemos
Autora: Kate Alcott
Edição/reimpressão:2014
Páginas: 312
Editor: Edições Asa
Sinopse
Alice
Barrow desafia todas as convenções ao abandonar o mundo rural e tacanho onde
nasceu. Numa época em que as mulheres são cidadãs de segunda categoria, o seu
emprego na fiação da família Fiske é um passo importante rumo à emancipação. As
"meninas da fiação" trabalham longas horas em condições precárias mas
a alegria que as une é completamente nova para ela. Um dia, até dá por si a
cometer a "extravagância" de celebrar o seu primeiro salário com a
compra de um chapéu. É apenas um objeto mas vai ganhar a força de um talismã.
Inadvertidamente,
Alice capta a atenção de Samuel Fiske, filho do dono da fábrica. Samuel é um
enigma. Frio e impenetrável, tem o condão de contrariar frequentemente a
própria família. O seu fascínio por Alice é a derradeira afronta aos pais e à
ordem social. Será amor ou mero capricho?
O
teste aos seus sentimentos será abrupto. Quando uma jovem muito especial
aparece morta, toda a hierarquia de poder é posta em causa. O que se segue é um
eco da luta ancestral entre ricos e pobres, poderosos e oprimidos. Apenas os
mais determinados conseguirão vingar. Apenas um amor verdadeiro poderá
sobreviver.
http://www.wook.pt/ficha/os-sonhos-que-tecemos/a/id/15976104
Opinião:
Fiquei interessada neste
livro primeiro por causa da capa e depois pelo resumo. Tratra-se de uma boa
história sobre a determinação das mulheres e as injustiças sociais vividas por
muitos.
A história foca-se em Alice
Barrow, que fugindo a uma vida dura no campo se torna uma operária fabril,
trabalhando numa das fiações mais importantes de Inglaterra. Alice vive num
dormitório para operárias e nos serões vai ficar a conhecer um pouco de cada
uma das suas colegas. Alice parece gostar do trabalho que tem apesar deste ser
duro. No entanto a pouco e pouco apercebe-se de algumas injustiças que
acontecem na fábrica e tenta fazer com que a sua voz seja ouvida pelos patrões.
A história de amor? Um amor
proibido pelas convençoes sociais, ela uma pobre trabalhadora mas corajosa e
ele o filho do patrão que tenta ajudá-la a descobrir quem matou a sua melhor
amiga da fiação.
A escrita desta autora
fez-me lembrar de certa forma a de Lesley Pearse e mesmo o formato da história
em grandes linhas, uma heroína enfrenta as agruras do destino, um romance
proibido, muitos obstáculos. Gostei muito da componente histórica, vê-se que
houve muito trabalho de fundo para a autora conseguir retratar de forma tão
minuciosa certos pormenores: o tratamento dado às mulheres, ainda diferenciado
dos homens; a questão dos direitos: no trabalho, nas instituições (tribunal,
bancos) e no lar.
Fiquei muito surpreendida
com este livro, pela positiva, fui atrás da capa e acabei por ler uma bela
história que me prendeu do início ao fim.
Período
de Leitura: 17 a 20 Setembro
Nota: 4 estrelas
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