27/01/2022

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto 2022

A 27 de janeiro assinala-se, anualmente, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Este dia foi implementado através da Resolução 60/7 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a 1 de novembro de 2005. Passaram 77 anos desde que foi libertado Auschwitz-Birkenau pelas tropas soviéticas.

O propósito deste dia é não esquecer o genocídio em massa de seis milhões de judeus pelos Nazis e respetivos colaboracionistas. Este constitui um dos maiores crimes contra a Humanidade de que há memória. Por outro lado, pretende-se educar para a tolerância e a paz, bem como alertar para o combate ao antissemitismo.

A Comissão Europeia, a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), a ONU e a UNESCO criaram a campanha #ProtectTheFacts, como forma de combater o negacionismo e a desinformação em relação ao Holocausto.

Segundo a ONU, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e a educação sobre o mesmo, é um imperativo global para a terceira década do século. O ato de relembrar traz dignidade e justiça para aqueles que os perpetradores quiseram apagar da história.

Neste dia evocamos todos os que foram vítimas do Holocausto e da ideologia nazi. Relembramos não apenas as vidas dos milhões de judeus, mas as de todos aqueles que, pelas suas origens, crenças, orientação sexual, condições físicas e opções políticas foram perseguidos, e os milhões de prisioneiros de guerra mortos pela fome, pela doença, pelo trabalho forçado. Homenageamos também memória de todos aqueles que tiveram a coragem de escolher fazer o que estava certo, independentemente das consequências. Entre nós figuram Aristides de Sousa Mendes e os também diplomatas Carlos Garrido Sampaio e Alberto Teixeira Branquinho e o Padre Joaquim Carreira. 

Em 2019, Portugal tornou-se membro da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, reforçando o seu compromisso de promoção da educação das novas gerações sobre este tenebroso período. Educar é a melhor forma de prevenção e, também, de homenagem.  

O primeiro Museu do Holocausto da Península Ibérica abriu na cidade do Porto, e está simbolicamente, organizado em três fases: a vida dos antes do Holocausto; a morte durante o Holocausto e a vida (novamente) após “esta catástrofe”.

O historiador Fernando Rosas, da Universidade Nova de Lisboa, lidera uma investigação que divulgou que pelo menos 70 portugueses estiveram em campos de concentração durante a II Guerra Mundial, e 300 terão sido obrigados a trabalhos forçados.

Imagem: Retratos de judeus assinados em Auschwitz-Birkenau, na Polónia


Uma forma de lembrar, não esquecer e homenagear todas as vítimas passa pela leitura, sejam obras baseadas em factos reais, relatos biográficos, obras de ficção. Todas elas de uma forma ou de outra ajudam os leitores a perceber o que se passou. Eu descobri este ano, a iniciativa #hol77 (cada ano a Dora adiciona os anos que passaram a tag é #hol+ano) e participei com as minhas leituras. 

Foram sobretudo obras de ficção e duas delas baseadas em casos reais, um relato e um romance escrito por uma escritora que foi levada para um campo de concentração, este romance foi inclusive adaptado para o cinema e o filme é na minha opinião lindíssimo, demonstrando que nem sempre as coisas são a preto e branco.


Excertos utilizados:

https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/comunicado?i=dia-internacional-em-memoria-das-vitimas-do-holocausto

https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-internacional-em-memoria-das-vitimas-do-holocausto

https://portal.oa.pt/comunicacao/noticias/2021/01/dia-internacional-em-memoria-das-vitimas-do-holocausto/

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