09/10/2022

A rapariga que lia no metro, Christine Féret-Fleury (Opinião)

Título: A rapariga que lia no metro

Autora: Christine Féret-Fleury

Data Publicação: 15.03.2018

Editor: Porto Editora 

Páginas: 168

Período de Leitura: 10 a 15 de Setembro 

SINOPSE

De segunda a sexta-feira, sempre à mesma hora matutina, Juliette apanha o metro em Paris. Nesse caminho diário e rotineiro para um emprego cada vez mais rotineiro, a viagem na linha seis é a única oportunidade de que Juliette dispõe para sonhar.

Aos poucos, essa necessidade espelha-se na observação dos demais passageiros, pelo menos, daqueles que leem: a velha senhora que coleciona edições raras, o ornitólogo amador, a rapariga apaixonada que chora sempre na página 247. Com curiosidade e ternura, Juliette observa-os como se, pelas suas leituras, lhes adivinhasse as paixões, e a diversidade das suas existências pudesse dar cor à sua vida, tão monótona e previsível.

Até ao dia em que, seguindo um impulso invulgar, decide descer duas estações antes da paragem habitual - e esse gesto, aparentemente inocente e aleatório, acabará por se tornar o primeiro passo de uma experiência completamente alucinante e tão perturbadora quanto a de Alice no País das Maravilhas.

Opinião: Este livro foi um presente de aniversário, chegou até mim no primeiro ano da pandemia e o curioso é que foi publicado cá no meu dia e aniversário! Para um leitor, um livro sobre livros, sobre pessoas que apreciam livros e cuja história revolve à volta deste tema é sempre bem-vindo! Só tive pena de uma coisa, a história parece um pouco rápida demais, mas esta pode ser a minha percepção por o ter apreciado tanto. 

Este livro lembrou-me de um outro que também já li, O leitor do comboio, no entanto a personagem principal do leitor do comboio lia histórias para os viajantes do metro, e neste livro a nossa personagem observa atentamente os viajantes do metro, que normalmente vão na mesma carruagem que ela, para depois lhes atribuir um livro segundo a personalidade de cada um.

Esta aventura começa quando Juliette um dia sai duas paragens mais cedo do metro no seu percurso habitual até ao seu monótono trabalho na agência imobiliária, e se encontra com todo um mundo novo, o de passadores de livros! Juliette foca-se cada vez mais em analisar as pessoas, tenta perceber as suas motivações, imagina as suas histórias e não sabe ela que vai mesmo mudar vidas! Tudo começa com um desafio lançado por Soliman, que a inicia nesta aventura, Juliette começa a dar livros aos que estão à sua volta e de certa forma isso vai mudar o rumo da vida de todos, o seu patrão, a sua colega, a compradora de um apartamento que se pensava não conseguir vender…

O problema do livro? A escrita é muito boa mas a história passa num ápice, gostaria de ter lido mais sobre Soliman, sobre a pequena Zaide e que tipo de leitora se iria tornar, sobre Leónidas, que aparece para ajudar Juliette na sua missão de passar livros e organizar o armazém de livros de Soliman, a mãe da pequena Zaide.

Muito ficou por contar, mas pode ser que o intuito da autora fosse esse, o de deixar que o leitor criasse, à semelhança de Juliette, a sua própria história para cada um dos personagens!

Um leitura que sem dúvida recomendo!


Excertos favoritos:

“Sempre gostara de cheirar os livros, de os farejar, sobretudo quando os comprava em segunda mão – os livros novos também tinham odores diferentes consoante o papel e a cola utilizados, mas ficavam mudos em relação às mãos que os haviam segurado, às casas que os haviam abrigado; ainda não tinham história, uma história bem diferente daquela que contavam, uma história paralela, difusa, secreta. ”, página 1

“Falava dos livros como de seres vivos – velhos amigos, temíveis adversários por vezes, alguns a fazer figura de adolescentes provocadores e outros, de velhas senhoras a bordarem tapeçarias junto à lareira. Segundo ele, havia nas bibliotecas sábios rabugentos e mulheres apaixonadas, fúrias descontroladas, assassinos em potência, magros rapazes de papel que estendiam a mão a rapariguinhas frágeis cuja beleza se decompunha à medida que iam mudando as palavras para as descrever. Alguns livros eram cavalos fogosos, indomados, que nos levam num galope desenfreado, agarrados, de qualquer maneira, às suas crinas. Outros, barcos que vogavam pacificamente nos lagos, em noites de lua cheia. Outros ainda, prisões.”, pág 73

Classificação : 4 estrelas

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