28/02/2015

5. Leituras de Dezembro: Comer e amar em Paris, Elizabeth Bard


5. Leituras de Dezembro: Comer e amar em Paris, Elizabeth Bard

Livro: Comer e Amar em Paris
Autora: Elizabeth Bard 
Editora: Marcador
Data:  2013
Nº de Páginas: 312

Sinopse:
Uma história de amor real, numa Paris tradicional, bonita, mas simultaneamente cosmopolita. Cheia de cor, sabores doces e intensos. Com todos os ingredientes de uma boa história e que podia acontecer a qualquer mulher.
Porque na Cidade das Luzes, todos os sonhos se tornam realidade. Uma jovem mulher é apanhada entre duas paixões – a primeira, a do seu novo e lindo amor Gwendal, e a segunda, a fantástica cozinha francesa. Misturadas numa das mais românticas cidades do mundo, fazem a protagonista perceber que, juntas, elas podem fazê-la descobrir quem realmente é e tornar os seus talentos a sua forma de vida e a sua nova paixão.
Tudo regado com molho de vieiras e champanhe, muito gengibre, e, claro, no final, uma sobremesa de soufflé de chocolate. Uma história contada entre cores e sabores, em mercados de Paris, com cheiro a coentros e sabores intensos a canela e endro.
Comer e Amar em Paris tem todos os ingredientes de um bom romance numa inesquecível história de amor.
http://www.presenca.pt/livro/ficcao-e-literatura/casos-de-vida/comer-e-amar-em-paris/


O livro:  Uma rapariga de mochila às costas, com baguete e pronta a explorar o mundo…

Temas: romance, gastronomia, diferenças culturais

Género/público: romance

Personagens favoritas: Gwendal pelo seu espírito inventivo e disposição.

Escrita: Leve, fluída e tão descritiva que por vezes parece mesmo que estamos ao lado das personagens.

História: Adorei este livro! Quem me conhece sabe que eu gosto muito de livros deste género, tenho os livros todos de Nicky Pellegrino e estes misturam sempre comida e romance. Que para mim são uma combinação mais que perfeita!

Passa-se num local que verdadeiramente adoro: Paris! Gostava tanto de lá viver uns tempos, mas vá lá contento-me em lá ir de visita… Este livro é uma história de amor passada entre cozinhas, salas de restaurante, em que a linguagem não é só a do romance e paixão mas a do prazer da degustação e para os apreciadores de boas histórias e boa comida. Este livro é um livro de receitas: receitas francesas e de bom gosto; e é também um livro que conta como alguém se pode enamorar por um homem, uma cidade e a sua gastronomia. O livro mostra-nos também algumas diferenças culturais entre ao Estados Unidos e a França.

Elizabeth, uma americana muito descontraída conhece Gwendal, que adora inventar coisas novas na cozinha, que a leva a pequenos bistrots, a verdadeiras sessões de degustação, tão diferentes de tudo o que ela tinham experimentado até agora. Uma jornada de descoberta de si e do outro, da cultura, dos costumes, do lugar. A confirmação de que nem sempre pertencemos onde nascemos mas que por vezes encontramos os nossos lugares do coração.
Uma narrativa de descoberta, de gastronomia e de amor. Uma leitura a não perder.

Citações favoritas:
“For the record, I'm not an indecisive person, and I'm not a coward. I just have a very detailed imaginary life, and it sometimes takes precedence over what's actually happening around me.” 

“No better way to avoid making a decision than burying yourself in a big fat book.” 

Período de Leitura: 20 a 27 Dezembro


Nota: 4 estrelas

4. Leituras de Dezembro: O brilho das Estrelas, Debbie Macomber


4. Leituras de Dezembro: O brilho das Estrelas, Debbie Macomber

Livro: O brilho das Estrelas
Autora: Debbie Macomber
Número Páginas: 168
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
Da mesma autora das obras A Estalagem de Rose Habor e O Abrigo da Esperança, que foram publicadas pela Presença nas «Grandes Narrativas», um novo título daquela que já é considerada por muitos como a nova rainha da ficção romântica. 
O Brilho das Estrelas é uma história sobre o encontro entre uma jornalista ambiciosa e um escritor demasiado solitário, ambientada no extremo Norte dos Estados Unidos e iluminada pelo esplendor dos céus do Ártico. Duas personagens implausíveis envolvidas em sentimentos demasiado intensos para se adequarem ao quadro de vida de cada um, narrada com frescura e leveza e que arrebata o leitor num mar de emoções até ao final do livro.
Críticas de imprensa
«Considerada a rainha da ficção romântica contemporânea, Debbie Macomber enternece-nos profundamente com esta história sobre um amor improvável... Um suave milagre de Natal pelo qual valeu a pena esperar.»
Publishers Weekly

«Uma excelente leitura... Tão deliciosa como os mais doces sabores.»
Kirkus Reviews
http://www.wook.pt/ficha/o-brilho-das-estrelas/a/id/16045878/vercomentarios/on


O livro: A capa mostra-nos a imagem de um casal apaixonado sobre um céu nocturno estrelado.

Temas: amor, Romance, isolamento

Género/público: romance para adultos

Personagens favoritas: Carrie por ser tão obstinada, a imagem da mulher moderna de hoje em dia.

Escrita: simples, descritiva e aconchegante.

História: Eu tenho quase todos os livros da Debbie Macomber publicados em Portugal (falta-me só um…). Gosto muito das histórias dela. Lembra-me os primeiros livros de romance que a minha mãe me deixou ler, os da barbara Cartland, histórias doces, com personagens com histórias pessoas de sofrimento e dor, mas que vão a caminho/encontram um fim feliz.

Esta história foi perfeita para a época de Natal! E foi também um presente, um passatempo, o único que ganhei até hoje, de livros no Blog Sinfonia dos Livros! Fiquei muito contente de o ter recebido e gostei muito de o ler. Mata no sofá, pés bem quentinhos embrulhados nas pantufas… e encostadinha à almofada… leu-se num instante.
A história fala-nos de Carrie, uma jornalista que almeja mais que a coluna social, que quer contar histórias mais interessantes e menos fúteis. A maneira de o conseguir? O chefe propõe-lhe um acordo: ela encontra o escritor eremita, sensação do momento e faz-lhe uma entrevista. Seria fácil se o tal escritor não vivesse algures no meio do Alasca, se Carrie tivesse alguma pista e se não fosse uma missão quase impossível!

Finn Dalton vive muito feliz no seu canto isolado no Alasca, a sua cabana e o seu cão como companhia são mais que suficientes para a vida simples que planeou para si. O que ele não sabe é que Carrie, contra todas as expectativas, vai entrar na sua vida e mudar o seu plano num ápice. Carrie obstinada conquista a confiança da mãe de Finn, do seu melhor amigo, - o piloto que a deixa na cabana de Finn, - e até do seu cão!

A cabana torna-se num quase campo de batalha, já que isolados por uma tempestade Carrie e Finn são obrigados a conviverem naquele espaço pequeno e com comunicações limitadas. E neste cenário a autora premeia-nos com magníficas descrições da paisagem fria, rude mas bela do Alasca. O cenário idílico para nascer uma bela história de amor cheia de peripécias e aventuras. Um livro doce e aconchegante como o Natal!

Citações favoritas: não retirei deste livro nenhuma frase marcante e de que gostasse em particular…

Período de Leitura: 15 a 19 Dezembro


Nota: 4 estrelas

3. Leituras de Dezembro: Anel de Areia, Penelope Lively

3. Leituras de Dezembro: Anel de Areia, Penelope Lively

Livro: Anel de Areia
Autora: Penelope Lively
Número Páginas: 216
Editora: Civilização Editora

Sinopse:
Aos 76 anos, Cláudia Hampton está no seu leito de morte num hospital de Londres e decide escrever “A história do mundo seleccionada por Cláudia: factos e ficção, mito e evidência, imagens e documentos”. Assim ficamos a conhecer a história da vida de Cláudia, uma ex-jornalista correspondente de guerra muito teimosa, cujas opiniões acerca de tudo se baseiam na sua própria visão do mundo. Durante a II Guerra Mundial, Cláudia trabalhou no Egipto onde conheceu Tom, com quem manteve uma relação curta mas muito intensa. Cláudia nunca foi capaz de ser uma mãe para Lisa, nunca foi capaz de casar com Jasper, o pai da sua filha, e nunca foi capaz de contar a ninguém quem foi Tom, o amor da sua vida. À medida que os seus amigos a vão visitando no hospital, revelam quem foi Cláudia e que impacto teve nas suas vidas.



O livro: Capa em tons de areia, uma paisagem com palmeiras, desértica.

Temas: romance, guerra, traição, memórias

Género/público: romance

Personagens favoritas: não gostei de nenhuma em particular.

Escrita: Lenta e descritiva. A narrativa arrasta-se.

História: Comprei num impulso os livros todos da Penelope Lively. Andei a namorar um deles, em particular uns meses, e quando o apanhei em saldos no OLX, lá comprei e depois comprei os outros todos que faltavam… comecei por este mas espero que os outros não sejam assim… senão vou mesmo vendê-los ou dá-los porque achei a escrita aborrecida, a narrativa arrastada e não aprecieei. Não sei se consigo dizer algo positivo sobre o livro, até porque ele ganhou um prémio, o Man Booker Award, mas eu não leio os livros pelos prémios, mas sim por me fazerem feliz, mesmo se a história é lamechas ou se é mesmo daqueles romances cor de rosa!

O livro foi publicado em 1987, e em suma conta-nos a história de vida e do mundo de Claudia Hampton. A história é pautada por relatos da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente no Egipto, da sua acção como repórter de guerra e os sentimentos vividos nessa altura. Claudia está confinada num pequeno quarto de hospital e espera pela morte e conta-nos a sua história ao logo dos dias que desfilam quase iguais e lentos.

Claudia fala-nos dos seus encontros e desencontros, passa pela infância e pelas histórias com o seu irmão, depois o seu casamento, a relação com amigos, traição, as relações amorosas e respectivas traições, dor, isto ao longo dos seus setenta e pouco anos de vida.

Não recomendo como leitura, li o livro pensando que à semelhança de outros autores devemos sempre começar pelo início da sua obra, para não termos surpresas desagradáveis, do género, este livro tinha uma história antes… Mas ainda vou tentar mais um ou dois livros da autora e se não gostar vão para o monte de vender/trocar…

Citações favoritas: – Vamos ganhar a guerra? – pergunta Claudia.
– Sim. Presumo que sim. Não por causa da intervenção divina ou porque a justiça triunfará mas porque no último recurso tivemos muito sucesso. As guerras pouco têm a ver com justiça. Ou valor ou sacrifício ou as outras tradicionalmente associadas a elas. É uma coisa que ainda não percebi muito bem. A guerra tem sido muito deturpada, acredite. Teve uma vergonhosa boa publicidade.”

Período de Leitura: 13 a 15 de Dezembro

Nota: 3 estrelas

2. Leituras de Dezembro: Convergente, Veronica Roth

2. Leituras de Dezembro: Convergente, Veronica Roth
  
Livro: Convergente
Autora: Veronica Roth
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 416
Editora: Porto Editora

Sinopse:
Uma escolha
Pode transformar-te
Uma escolha
Pode destruir-te
A tua escolha
Vai definir-te

A sociedade de fações em que Tris Prior acreditava está destruída - dilacerada por atos de violência e lutas de poder, e marcada para sempre pela perda e pela traição. Assim, quando lhe é oferecida a oportunidade de explorar o mundo para além dos limites que conhece, Tris aceita o desafio. Talvez ela e Tobias possam encontrar, do outro lado da barreira, uma vida mais simples, livre de mentiras complicadas, lealdades confusas e memórias dolorosas.
Mas a nova realidade de Tris é ainda mais assustadora do que a que deixou para trás. As descobertas recentes revelam-se vazias de sentido, e a angústia que geram altera as vontades daqueles que mais ama.
Uma vez mais, Tris tem de lutar para compreender as complexidades da natureza humana ao mesmo tempo que enfrenta escolhas impossíveis de coragem, lealdade, sacrifício e amor.
Alternando as perspetivas de Tris e Quatro, Convergente, encerra de forma poderosa a série que cativou milhões de leitores em todo o mundo, revelando por fim os segredos do universo Divergente.

Prémios
Veronica Roth foi considerada a melhor autora pelo GoodReads Choice Awards em 2012. Divergente foi eleito o melhor livro de 2011 e Insurgente o melhor livro de fantasia para jovens-adultos em 2012, pela mesma entidade, a única cujas distinções são atribuídas exclusivamente pelos leitores.





O livro: Uma cidade sob um fundo vermelho, fogo, destruição e uma onda de água, pura, que porque não pode significar a pureza, a limpeza, um novo começo.

Temas: revolta, nova ordem, amor, amigos, conhecimento do eu interior

Género/público: Jovens adultos, curiosos (eu!)

Personagens favoritas: Tris, pelas escolhas, pela maturidade que revelou neste livro.

Escrita: Narração alternada entre Tris e Tobias, ora do ponto de vista de um ora do ponto de vista de outro. Escrita rápida, concisa mas muito detalhada.

História: Este livro foi mesmo uma desilusão, não pela escrita, história ou mesmo pelas personagens, foi mesmo pelo seu final… não estava mesmo nada à espera, achei uma idiotice, mas poucos autores têm coragem de fazer o que esta fez, mostrar que nem sempre todos os finais são felizes.

Neste último capítulo da história da trilogia Divergente, Tris está retida pela mãe de Tobias (Quatro) após ter mostrado o vídeo da sua antepassada Edith Prior. Livram-se de Jeanine e rapidamente Evelyn com a ajuda dos sem-facção tenta governar a cidade, pela força e se necessário pela morte! Existem novamente conflitos, de um lado os que querem voltar ao antigo sistema de facções) e do outro o novo regime liderado por Evelyn e pelos sem-facção.

Tris com a ajuda dos Leais (os que querem saber o que há para além da cerca), foge com Cara, o seu irmão Caleb e Tobias. Ajudados por outros conseguem sair da cidade e passarem definitivamente para lá da cerca. Nem neste momento, Tris deixa de ser altruísta, pois salva o irmão que a traiu de ser executado. E chegam ao mundo fora da cerca, para descobrirem que afinal não passam de uma experiência, que estão a ser manipulados e que afinal o divergentes são o futuro da salvação... ou não.
 Tris acaba por descobrir mais coisas sobre a sua mãe, afinal esta não tinha pertencido desde sempre aos Abnegados, a sua mãe era de fora da cerca, e infiltrou-se na cidade, decidindo mais tarde juntar-se aos Abnegados. É também uma redescoberta dos seus sentimentos para com o seu irmão Caleb. Este livro é de facto um atar de pontas soltas!

Numa tentativa de restabelecer a ordem e depois de muitos contratempos Tris, Quatro e companhia estabelecem um plano que pretende libertar a cidade, acabar com a distinção entre pessoas geneticamente puras e pessoas não geneticamente puras. Isto envolve: muita acção, muitas peripécias, um assalto “quase impossível” e que culmina em algo muito inesperado, pelo menos para mim: a morte de Tris! Eles completavam-se! Então como é que agora ele se ia sair? Afinal saiu-se bem, a dor fez dele finalmente o homem que Tris viu, e tornou-se no elemento essencial para a nova realidade que queriam construir para a humanidade.

Como em todas as grandes mudanças na história apenas um grupo de pessoas pode fazer a diferença e instituir/construir um mundo melhor. Não deixa de ser um final “cor-de-rosa”, e não me parece que haja mais algum livro a seguir… ou talvez sim! O livro sobre o Quatro já anda a circular por aí…

Citações favoritas: "Toda a gente tem algum mal dentro de si e o primeiro passo para amar alguém é reconhecer o mesmo mal em nós mesmos, para sermos capazes de perdoar."

"Suponho que um fogo que queima tão brilhante não é feito para durar."

Período de Leitura: 9 a 13 de Dezembro


Nota: 4 estrelas

1. Leituras de Dezembro: Insurgente, Veronica Roth

1. Leituras de Dezembro: Insurgente, Veronica Roth

Livro: Insurgente
Autor: Veronica Roth
Edição: 2014
Págs.: 376
Editor: Porto Editora

Sinopse:
A tua escolha pode transformar-te - ou destruir-te. Mas qualquer escolha implica consequências, e à medida que as várias fações começam a insurgir-se, Tris Prior precisa de continuar a lutar pelos que ama - e por ela própria.
O dia da iniciação de Tris devia ter sido marcado pela celebração com a fação escolhida. No entanto, o dia termina da pior forma possível. À medida que o conflito entre as diferentes fações e as ideologias de cada uma se agita, a guerra parece ser inevitável. Escolher é cada vez mais incontornável... e fatal.
Transformada pelas próprias decisões mas ainda assombrada pela dor e pela culpa, Tris terá de aceitar em pleno o seu estatuto de Divergente, mesmo que não compreenda completamente o que poderá vir a perder.
http://www.wook.pt/ficha/insurgente/a/id/11219958



O livro: A capa apresenta-nos uma árvore, cujas folhas descoloridas, amareladas começam a entrar numa espiral. Símbolo daquilo que aguarda os nossos heróis, um turbilhão de emoções.

Temas: revolta, nova ordem, amor, amigos, conhecimento do eu interior

Género/público: Jovens adultos, curiosos (eu!)

Personagens favoritas: Tris, pelas escolhas, pela maturidade que revelou neste livro.

Escrita: Rápida, descritiva, sem momentos mortos ou aborrecidos.

História: Este foi o segundo livro da trilogia, eu comecei logo a lê-lo assim que acabei o primeiro volume peguei neste, isto porque o primeiro ficou assim com um final assim tão what? Enfim aqui somos levados já quase para o caos: Estamos na iminência de uma guerra e uma ameaça mais forte que nunca aos divergentes; agora que Intrépidos e Eruditos se uniram na busca do poder e tentativa de restabelecimento da ordem. E começa então a revolta, a Erudição desde sempre tão sedenta de poder segue um plano que ameaça tudo e todos os que se coloquem no seu caminho.

Não gosto da Tris deste livro, ela culpa-se pela morte do amigo durante a simulação. Está estranha, fechada em si própria, afastada de Quatro e dos seus amigos… principalmente de Cristina pelo acontecimento fatídico do dia da simulação global feita pela Erudição. Sentimos Tris diferente, afastada, magoada com as decisões que teve de tomar. A autora explorou muito bem esta ideia, o quanto o sofrimento afecta uma pessoa e as suas decisões e por vezes o como tolda o seu discernimento.

Houve uma altura em que pensei desistir da leitura do livro, mesmo, isto por causa de Tris e o seu desejo de saber a verdade a todo o custo, não confiando nos seus amigos nem em Quatro. A autora é que mais uma vez nos soube convencer com a sua escrita, a descrição profunda da vida das outras facções, neste em especial dos Cândidos e a maneira como convivem sem violência, respeitando a opinião do outro. Isto tudo dentro da mesma sociedade mostra-nos as ambiguidades, diferenças de valores.

Depois do vídeo que foi descoberto que revelava que havia algo lá fora vive-se agora um ambiente de desconfiança, de desejo de saber mais e de aventura para saber o que se esconde para lá da cerca. Isto também cria em nós algum sentimento de curiosidade e confesso que a partir de um certo ponto do livro queria ir até ao fim ler o que se passou. Mas resisti.

O que me surpreendeu em todo o livro foi a relação de Tris e Quatro, ele parecia perdido nas coisas dele, os traumas de infância, o relacionamento conturbado com o pai. Ela perturbada com todos os acontecimentos que tinha vivenciado. Parecia-me que aquele romance estava um pouco condenado se não investissem um pouco nele, o silêncio e o segredo entre ambos começava a ser flagrante.

Somos atirados para um clima de divisão, a ganância pelo poder, a coragem, a luta pela verdade e a junção de uma minoria em prol de um bem maior. Somos também confrontados com o medo, medo pelo desconhecido, é por isso que a Erudição quer tanto eliminar os divergentes, primeiro estudá-los e depois eliminá-los. E Cris mais uma vez mostra a sua coragem ao sacrificar-se para evitar mais mortes, ela às escondidas de Quatro entrega-se na Erudição.

Quatro vai fazer de tudo para a salvar, e juntamente com Peter, que pensavamos perdido para sempre na sua própria ganância, vai conseguir elaborar um plano e fugir da cidade. E com este acontecimento temos o início estonteante para mais uma aventura… junto e fora da cerca em busca pela verdade.

Citações favoritas: Nós assistimos ao processo de purificação, e eu pergunto-me se ele está a pensar a mesma coisa que eu. Como seria bom se a vida funcionasse assim, livrando-nos da nossa sujidade e devolvendo-nos limpos, ao mundo. Mas certas sujidades parecem destinadas a durar.

A tristeza não é tão pesada quanto a culpa, mas rouba mais de nós.

Período de Leitura: 5 a 9 de Dezembro


Nota: 4 estrelas

Leituras de Novembro: Divergente, Veronica Roth

1. Divergente, Veronica Roth

Livro: Divergente
Autor: Veronica Roth
Págs.: 352
Editora: Porto Editora

Sinopse: Na Chicago distópica de Beatrice Prior, a sociedade está dividida em cinco fações, cada uma delas destinada a cultivar uma virtude específica: Cândidos (a sinceridade), Abnegados (o altruísmo), Intrépidos (a coragem), Cordiais (a amizade) e Eruditos (a inteligência). Numa cerimónia anual, todos os jovens de 16 anos devem decidir a fação a que irão pertencer para o resto das suas vidas. Para Beatrice, a escolha é entre ficar com a sua família... e ser quem realmente é. A sua decisão irá surpreender todos, inclusive a própria jovem. Durante o competitivo processo de iniciação que se segue, Beatrice decide mudar o nome para Tris e procura descobrir quem são os seus verdadeiros amigos, ao mesmo tempo que se enamora por um rapaz misterioso, que umas vezes a fascina e outras a enfurece. No entanto, Tris também tem um segredo, que nunca contou a ninguém porque poderia colocar a sua vida em perigo. Quando descobre um conflito que ameaça devastar a aparentemente perfeita sociedade em que vive, percebe que o seu segredo pode ser a chave para salvar aqueles que ama... ou acabar por destruí-la.

~A minha opinião ~


O livro: A capa apresenta uma chama, símbolo que identifica os Intrépidos, facção na qual a maior parte da história se vai desenrolar.

Temas: descoberta de si, aventura, amor, suspense, futuros alternativos, valores, crise; são tantos, que eu poderia ficar aqui um tempinho a discorrer sobre os tópicos…

Género/público: Jovens Adultos, e curiosos (como eu)

Personagens favoritas: Quatro, pelo mistério, pela dualidade de sentimentos e pela personalidade.

Escrita: A escrita é simples, directa e precisa assim como a narrativa. Em poucas páginas a autora conseguiu inserir-nos na história. Cria um ambiente que nos é familiar e com personagens que parecemos conhecer desde sempre. Prende-nos pelos acontecimentos sucedâneos, porque, na história não há momentos parados, há sempre algo a acontecer, os sentimentos à flor da pele. É também uma leitura que trabalha o psicológico, desperta o nosso lado de sobreviventes, que enfatiza os sentimentos negativos, ou o sentimento que é mais significativo o medo do desconhecido.

História: Nem sei bem como cheguei até este livro. Quando o comecei a ler achei que ia ser algo muito semelhante aos Jogos da Fome. Fiquei com um pé atrás antes de começar esta leitura por isso mesmo. Mas de certa forma fiquei desapontada com a trilogia, gostei muito do primeiro livro, e não deixava de ver algumas semelhanças entre Katniss e Trish a heroína de Divergente.

Claro que existem muitas diferenças! Aqui não há um centro rico e poderoso enquanto pobres sofrem e trabalham para eles. A sociedade descrita em Divergente, é organizada por facções e cabe a cada um decidir a qual facção quer pertencer. A consequência? A facção é mais importante que o sangue, acima do conceito de família. Isto foi um dos maiores choques que tive com a leitura, porque penso que na nossa sociedade os valores são inversos. A acção vai decorrer na cidade de Chicago, um pouco devastada por uma guerra, mas pouco sabemos sobre o que verdadeiramente se passou.

A autora leva-nos a um mundo seccionado, dividido por características, cores, cerimónias simbólicas, testes e muitos jogos psicológicos. Objectivo? A construção de um eu mais forte, decidido e identificado por características únicas. A cerimónia mais simbólica é aquela da Iniciação, - ocorre aos 16 anos - onde cada um é confrontado com a escolha de uma facção, a família versus os interesses pessoais. A acção decorre na cidade outrora denominada de Chicago, antes da Guerra, destruída, sendo a pouco e pouco reabilitada pelos seus habitantes.

São cinco facções: Eruditos, Intrépidos, Cândidos, Cordiais e os Abnegados  e cada uma delas tem um símbolo que a representa. Beatrice Prior a nossa heroína, pertence a estes últimos, são pessoas sem vaidade, com a filosofia de ajudar o próximo, sem desejos de poder e por isso são eles que governam a cidade. No entanto, o seu teste de aptidão revela que ela é uma Divergente, alguém considerado muito perigoso pela sociedade onde se insere. Isto porque ela demonstra aptidão para mais de uma facção, e isto, ainda torna mais difícil a sua escolha. E logo no início da cerimónia de Iniciação vemos escolhas que nos parecem bastante cruéis: Beatrice escolhe a facção dos Intrépidos e o seu irmão escolhe os Eruditos. Resultado? Os pais de ambos vão ficar sozinhos, podendo visitar os filhos somente duas ou três vezes, depois de iniciarem uma vida nova na sua nova facção.
Beatrice que passa a designar-se Trish escolhe a facção mais aventureira, perigosa e desafiante, os Intrépidos. É uma luta constante para conseguir ficar entre os top 20 e se tal não acontecer ela passará a ser uma sem-facção. Estas pessoas são aquelas que por algum motivo, desajustamento, expulsão, vivem fora das facções, realizam os trabalhos menos agradáveis, são de certa forma os pobres e explorados daquela sociedade.

Daí que neste primeiro livro acompanhemos a luta de Tris para conseguir ficar nesta facção, para se integrar e para nesse mundo novo se apaixonar por Quatro, o seu instructor, uma personagem enigmática, distante e completamente diferente de Tris. O que me leva a pensar que de certa forma eles não estavam destinados a ficar juntos, ou que acabariam por se complementar. Isto porque ela age com o coração, é honesta, não suporta injustiças e é sobretudo corajosa. E Quatro, ele é a razão, muitas vezes assertivo mas com pequenos gestos que depois nos confundem assim como a Tris.

Tris não está sozinha nesta nova aventura, e faz-se acompanhar por Christina, Eric e Peter algumas das personagens secundárias que ainda vão dar muito contributo para a história e também para demonstrar a interacção no seio do grupo de novatos, os receios, as motivações e até onde vão por desejo de ficarem naquela facção. No entanto, ela guarda o seu segredo, - o de ser divergente, - de todos os amigos e Quatro, mas este a pouco e pouco consegue chegar até ela e apercebem-se que têm mais em comum que o que pensavam.

Trish vê-se apanhada no meio de uma conspiração, de uma revolução, em que as facções começam a ser questionadas. Testes são usados para verificar quem foge ao padrão das facções, e quem é diferente acaba por ser eliminado. Porque? O medo do desconhecido, daquilo que foge à regra e quem resiste aos soros ou às simulações é um alvo a abater.

 É difícil perceber qual será o rumo da história e qual será o rumo que o enredo vai tomar, de uma coisa tinha a certeza desde o início, sendo Trish uma pessoa diferente, ela vai certamente ser das personagens mais desenvolvidas, fustigadas pela acção e certamente marcada por todos os acontecimentos, mas digo desde já que fiquei muito surpreendida com o final do primeiro livro.

Citações favoritas: Acredito nos actos simples de bravura, na coragem que leva uma pessoa a se levantar em defesa da outra.

Período de Leitura: Novembro 2014

Nota: 4 estrelas

13/02/2015

A primeira consulta…




Ora primeira consulta! Uma semana depois fui de visita à minha médica. Esta já conhece a família mesmo de antes de eu nascer. É médica da família há cerca de 35 anos… Viu-nos nascer, a mim e ao meu irmão, assistiu ao nosso crescimento… essas coisas todas, o que quer dizer que me sinto à vontade com ela, apesar de não lhe fazer visitas frequentes.

Ora a consulta serviu para confirmar que: é normal as dores de cabeça, o sono, e os enjoos terem começado. Sim menina está de cerca de seis semanas… de acordo com o que estou aqui a ver. Vamos lá passar os exames: análises, 1ª ecografia para ver como está tudo e comprimidos para o enjoo e ácido fólico.

Pelo que li no site da mãe-me-quer está com 6mm e pesa 1 grama, puff não sinto nada lá dentro… A barriga continua igual… e pensamos mas será que estou mesmo grávida… e os queridos enjoos lá vêm para confirmar… estás pois… vai lá comer bolachas de água e sal e maçã! 
This entry was posted in

08/02/2015

Compota de Frutos Vermelhos

Ingredientes

750 gr. de frutos vermelhos mistos
600 gr açúcar 
200 ml água

Preparação 

Juntar os frutos vermelhos, o açúcar e a água. Deixar repousar por meia hora.
Levar depois a lume brando por cerca de 60 minutos.
Mexer de vez em quando para não agarrar.

A minha compota ficou com os frutos inteiros. E ficou muito saborosa, os frutos meio caramelizados com um pouco de geleia dos sumos da fruta com o açúcar.

Quase que me esquecia de tirar foto! Está já foi mesmo tirada com um resto de compota que ficou na panela! Quem aprecia os sabores mais ácidos, vai adorar está compota!



Bom apetite! 

O desafio de 2015


O desafio de 2015...

O ano de 2015 começou há já uns tempos... eu “abandonei” o blog em finais do mês de Dezembro. Não falei dos cabazes, dos licores, das compotas, das misturas de especiarias, da mesa de Natal, da consoada…

Os motivos são bons e importantes mas ainda não quero falar sobre isso. Só sei que vai ser um ano muito desafiante, interessante! E sei que a minha vida vai mudar e muito!

Para 2015 quero propor-me algumas resoluções, umas mais fáceis de atingir e outras que certamente não serão tão fáceis de concretizar:

1. Ler mais livros que tenho nas estantes, e deixar de comprar até os ler todos… preparar o meu desafio deste ano do goodreads.

2. Passear e tirar mais fotos e escrever sobre esse passeios para não me esquecer…

3. Organizar os meus postais num dossier/caderno, fazer umas legendas de quando fui a esses lugares, com quem, o que comemos, o que experimentamos…

4. Actualizar o blog, os posts em atraso, partilhar ideias novas e projectos que estão no baú…

5. Rever séries, livros de alguns tempos atrás e partilhar no blog as minhas ideias…

6. Destralhar um pouco, dar roupa, sapatos, objectos que não uso e que estão lá por casa a ocupar espaço, no sótão e pelo quarto da tralha que quero transformar numa espécie de escritório/biblioteca… o marido agradecia porque os livros estão espalhados pela casa toda!

7. Organizar os meus dossiers, sebentas, materiais dos meus anos de faculdade que estão no sótão cheios de pó…

8. Organizar os meus materiais de Inglês do 1º Ciclo e porque não partilhá-los online, um projecto a ver ou uma secção a adicionar ao blog?

9. Começar a aprender costura, o meu marido deu-me a máquina neste Natal, uma do lidl, muito gira, mas à parte de ser gira, não sei como funciona!

10. Acabar os meus projectos de crochet, sim arranjar um dia por semana e fazer umas quantas filas de crochet! Tenho por onde escolher: uns naperons de cozinha, uma mantinha, uma capa de livro… tudo está pelo meio!

11. Pendurar os quadros, molduras, imprimir as fotos e colocá-las pela casa. Temos tantas fotos giras. E também na ideia das fotos, com as provas do fotógrafo e fotos dos amigos fazer o meu próprio album de casamento (já passaram quase 5 anos… acho que está na altura).

12. Novamente tentar dar mais cor ao meu quintal e colocar mais uns vasos com flores, ervas aromáticas e os meus morangos! Tentar que o chá de lúcia-lima não seja comido este anos novamente pelas lesmas e caracóis.

Acho que por agora já chegam de resoluções, vamos colocar desta maneira: ver se consigo uma por mês! Mas de todas estas a mais importante é ser feliz! Valorizar o que tenho e não exigir demais de mim e dos outros. Bom 2015, muitos desafios... muita alegria!