Hoje bem cedo deixo-vos mais uma opinião das minhas leituras, já nos livros das férias de Agosto. Ainda faltam mais umas quantas... leio mais rápido que o que escrevo e depois dá nisto!
Título: Uma Casa na Grécia
Autor: Rosie Thomas
Editora: Saída de Emergência
Editora: Saída de Emergência
Número de
Páginas: 352
Publicado
em: 2009
Sinopse
Escapando à devastação de um terramoto,
Cary chega à ilha grega de Halemni e dá de caras consigo própria. Ou antes
Olivia, cuja semelhança é assustadora. Nesta nova vida Cary começa por
encontrar a felicidade que nunca tivera. Não desde o dia em que a sua vida
mudara. Agora libertara-se de tudo o que a relacionava com o passado. Estava
tudo enterrado nas profundezas do terramoto. Ia começar de novo.
Olivia, por outro lado, era uma mulher
acomodada. Depois de vários anos a viajar encontrara finalmente um lugar a que
podia chamar "lar". A vida na ilha e a hospitalidade eram acolhedoras
mas agora algo se tornara diferente. Seria pela chegada desta desconhecida?
Havia alguma coisa estranha e desconfortável nesta mulher.
Quem é Cary? Qual o seu passado? Porque se
sente Olivia tão desconfortável na sua companhia? Olivia tenta controlar-se,
mas não consegue deixar de sentir que a sua vida está a ser roubada.
Uma luta entre duas mulheres por uma vida,
e apenas uma pode vencer.
http://www.wook.pt/ficha/uma-casa-na-grecia/a/id/1459768
Excertos
“Estava morta e parecia-lhe agora mais
viva do que alguma vez estivera.”
“A alquimia de Kitty era perturbadora.
Podia vir de lado nenhum e não trazer nada com ela, e contudo parecia capaz de
exercer influências para lá do que era razoável.”
“A paixão não segue regras sociais.”
“As aparências iludem. É possível mudar a
forma como parecemos, mas não quem somos.”
Opinião:
Passei muitas vezes por este livro no OLX até decidir
comprá-lo. E de certa forma arrependi-me. O livro vale pela descrição, pelo
local, mas a história em si não me convenceu.
Cary depois de viver uma vida confortável e pensar que
na iria mudar a sua rotina vê a sua vida virada de pernas para o ar depois de o
marido ter conhecido outra pessoa.
Cary parte com uma amiga para Branc na Turquia em
busca de descanso e também para tomada de decisões. O que vai ela fazer com a
vida dela? Tudo mudou. Ela passa a vida entre o quarto e a praia do hotel. Vê
os dias a decorrer e não tem vontade de sair, de se aventurar. E quando se aventura num
passeio de barco com um habitante local é quando algo muito inesperado acontece, um terramoto que a
vai atirar para um pequeno povoado grego numa ilha perdida...
O terramoto deixou uma onda de devastação
na pequena ilha, e levou aos poucos habitantes uma sobrevivente de quem pouco ou nada
sabiam. Olivia uma residente local, uma das únicas não gregas, acolhe-a no seio
da sua família em Halemni. E Cary muda de identidade,
apresenta-se como Kitty, não revela nada da sua vida passada, do facto de o seu
marido Peter a ter deixado por uma mulher mais nova.
Olivia identifica-se com Kitty, sendo
também inglesa e tendo deixado a sua vida de fotógrafa itinerante para viver
com Xan naquela ilha idílica. Olivia à semelhança de Kitty mudou a sua vida
anterior, deixou as suas viagens e dedicou-se somente a Xan e aos seus filhos.
Kitty simboliza para Olivia a sua vida
anterior, e leva-a a questionar-se sobre se teria ou não feito a escolha certa
de assumir esta vida, as tradições e até a sogra grega que não a suporta. E
Kitty encontra a vida que quer para si, o lugar de Olívia, naquela ilha, como
mãe e mulher. E claro daqui nasce o ciúme, a desconfiança a necessidade de
“eliminar” a erva daninha intrusa naquele jardim do paraíso. Olivia sente que
Kitty lhe que roubar a família, o velho amigo e até mesmo o seu irmão, que
mesmo sendo casado, se envolve com Kitty.
Olivia chega ao ponto de ficar doente de
tanto lutar contra Kitty, ela sente verdadeiramente que à medida que Kitty se
ambienta ela perde as forças e não quer a sua presença. Kitty quer tanto o
lugar de Olivia que chega a tentar matá-la, mas arrepende-se e toma a decisão
de abandonar a ilha. Vai como chega sem nada e nós ficamos sem
saber o que lhe acontece depois… esta parte para mim foi confusa, uma vez que
não percebi bem se afinal Kitty era uma pessoa de verdade ou um fantasma, mas
depois penso como é que ela fantasma poderia interagir com as pessoas da ilha.
E afinal para onde foi? Fique a matutar nesta pergunta, não gosto muito de
livros com este final em aberto, sem pistas ou indícios do que poderá acontecer
ou do que tenha acontecido.
Uma leitura para ocupar o tempo e sem grandes atribulações...
Uma leitura para ocupar o tempo e sem grandes atribulações...
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