22/02/2021

Leituras 2021: O último fôlego, Robert Bryndza


Este
 é o quarto volume de uma série de sete publicados, o último é muito recente, tanto que ainda não me chegou cá. Eu gosto desta série, pois ainda que sejam livros que se enquadrem na categoria de thrillers, são de leitura mais leve e não tão chocantes como os de determinados autores reputados deste género. O livro é uma chamada de atenção, um alerta de certa forma, para monstras que nem sempre conhecemos os outros, seja no mundo real ou virtual, aqui o criminoso é uma pessoa que se esconde atrás de um perfil, que finge ser quem não é, e quando se dá a conhecer é totalmente diferente da pessoa idealizada pela pessoa do outro lado do ecrã. 

O criminoso é alguém com bastantes problemas de auto-estima, menosprezado pelos pais e que se tem muito pouco em conta. Alguém que se esconde por detrás de um perfil charmoso que manipula as suas vítimas até estás acederem a um encontro presencial, não sabendo que caminham para a sua própria morte... e Erika, mesmo já não estando na brigada de homicídios, não hesita em fazer notar a sua presença nesta investigação (é mais impor-se...)

Neste quarto volume, à semelhança dos outros, temos mais uns vislumbres da vida pessoal de Erika, que fica sempre relegada para segundo plano. Já que Erika se dedica de corpo e alma à investigação dos crimes que estão a ocorrer. O ponto alto do mesmo, é quando a investigação chega a um ponto em que, Erika se encontra a correr contra o relógio, pois se for ser bem sucedida, mesmo que leve a sua equipa à exaustão, poderá salvar uma das vítimas.

Este livro faz-nos saltar da cadeira, pela forma electrizante como o autor descreve os acontecimentos, a maneira como a narrativa está construída, a história é-nos dada de forma concisa, sem grandes floreados, mas com reviravoltas surpreendentes. Neste volume ainda mais, por sabermos de antemão que a vítima está a lutar para não se tornar mais um número na lista de homicídios.

Mas, esperava um desenvolvimento maior na história de Erika, ela merecia encontrar um semelhante que a fizesse feliz, e ficar de bem com a vida. Não a imagino mãe de três ou quatro filhos a conduzir investigações da forma tão obcecada como o faz, não se coaduna com a sua maneira de ser, mas esperava ao menos que encontrasse um companheiro que a compreendesse e a apoiasse. 

Vamos ver o que nos reservam os próximos volumes, já este foi fantástico e recompor a leitura!


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