Título: Ao
Encontro do Nosso Amor
Autor: Michael Baron
Data da Publicação: 04/2012
Editora: Quinta Essência
Páginas: 200
Sinopse:
"A história de um amor
imortal. Joseph, um homem à beira dos quarenta anos, acorda desorientado e
constrangido num local que não reconhece. Parte numa viagem para encontrar a
sua casa, sem saber para onde vai, orientado apenas pela visão preciosa e indelével
da mulher que ama. Antoinette é uma mulher de idade, que vive numa residência
para séniores e que se refugiou no seu mundo interior. Aí, o corpo e a mente
não a atraiçoaram. Aí, é uma jovem recém-casada com um marido que a idolatra e
uma vida inteira de sonhos para viver. Aí, ela está verdadeiramente em casa.
Warren, filho de Antoinette, é um quarentão anos que atravessa uma das fases
mais difíceis da sua vida. Com tempo a mais, resolve tentar recriar as
recordações de casa confeccionando os melhores pratos da mãe e saboreá-los com
ela. Joseph, Antoinette e Warren são três pessoas que andam à procura de casa,
cada uma à sua maneira. No modo como se ligam umas às outras nesta fase crítica
das suas vidas reside o fundamento do tipo de história profunda e comovente que
nos habituámos a esperar de Michael Baron."
http://www.fnac.pt/Ao-Encontro-do-Nosso-Amor-Michael-Baron/a565946
Opinião:
Foi o primeiro livro que li do autor e talvez o
último. A história é muito bonita, mas um pouco água sem sal, o livro é curto e
nem percebo bem se o foco é sobre a história da mãe ou do filho. É assim uma
narrativa, pequena, sem sobressaltos e com o fim esperado e tem o lado de
sobrenatural que não me cativou e ainda me deixou mais confusa.
A visão do paraíso como muitos idealizam: os
parentes que partiram, a vivência da vida idílica que nunca tiveram lá “em
baixo”, tão doce que chegamos a ficar um pouco enjoados. Conhecemos a mãe
Antoinette, um pouco debilitada, que passa os seus dias perdidos na sua vida de
felicidade, com o maridos e os filhos, presa nas velhas memórias onde que
estar. Conhecemos também o seu filho que atravessa uma espécie de crise de
meia-idade, não tem mulher, emprego e não sabe que rumo dar à sua própria vida.
Warren foca-se então na sua mãe, e através de
memórias de sabores da sua infância tenta tirar a sua mãe do estado de apatia
em que se encontra e ao qual se entrega de dia para dia. E a pouco-e-pouco vai
ser ele a encontrar o sentido para a sua vida.
Pelo meio temos ainda Joseph, um homem que acorda
um dia num local estranho e que não se lembra de quem é e do que anda à
procura, sabe sim que tem algures uma esposa carinhosa que o espera. Ele parte
numa viagem acompanhado de um jovem que também está sem rumo.
O livro parece ser sobretudo sobre a procura de
algo e acima de tudo as atitudes (pessimistas ou corajosas) e a esperança e a
fé que as pessoas têm e acima de tudo. Warren esperava uma vida melhor e que a
sua mãe ficasse também melhor; Antoinette esperava reencontrar o marido e o filho
falecido há algum tempo e Joseph esperava encontrar a sua mulher.
Obstáculos ultrapassados: Warren cozinhou sempre
para a sua mãe, não sabendo as receitas, não tendo os utensílios e não tendo
mesmo a colaboração desta. Antoinette reencontrou o marido e filho num plano
superior e Joseph encontrou a esposa. E esta parte foi a que mais me
desagradou! Foi um fim precipitado! Afinal ele era o marido de Antoinette? E o
jovem o filho em não se lembravam e depois já estavam todos felizes no céu?
Depois há a história de Warren, ficou por contar!
Afinal ele começa uma relação com a enfermeira e depois o autor deixa essa
história por contar… Já sabem como é a curiosidade matou o gato, eu estava curiosa
com este livro mas depois fiquei desapontada não com a história global porque
fala de uma relação familiar muito bonita, mas pelo que ficou por contar.
O que mais me agradou? Os relatos de Warren sobre
a comida, as descrições, por vezes senti que poderia estar lá com eles a
saborear aquela refeição!
Esta parte foi muito bem explorada e concebida. Só é
pena que o mesmo não tenha acontecido na globalidade da história! Uma leitura
muito rápida e leve, boa para os dias de Verão.
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