Eu fiquei logo enamorada por ele assim que li a sinopse, que deixo abaixo. Quando li que a paixão da protagonista é encontrar o livro perfeito para cada pessoa fiquei rendida. Quantas vezes já dei por mim a tentar encontrar este ou aquele livro e depois recomendá-lo a determinada pessoa… mas há muitas de nós por aí assim e é por isso que as listas de livros a ler aumentam ao invés de diminuírem!
Sinopse:
Nina Redmond é literalmente uma casamenteira. Encontrar o livro perfeito para cada leitor é a sua paixão... e também o seu trabalho. Ou pelo menos era, até a biblioteca pública onde trabalhava fechar as portas. Determinada a encontrar um novo rumo, Nina muda-se para uma pacata vila na Escócia, onde compra uma carrinha e a transforma numa livraria itinerante, viajando pelas Terras Altas e transformando as vidas daqueles com quem se cruza com o poder da literatura. É então que descobre um mundo de aventura, magia e romance num lugar que aos poucos se vai tornando no seu lar… um lugar onde ela poderá escrever o seu final feliz para sempre.
Além de ser um livro que fala de livros, não deixa de ser um livro que fala de coragem e saltos de fé! Quem nunca sonhou deixar tudo e partir à aventura? Nina, é sem dúvida, uma protagonista forte, resoluta e que acima de tudo ouve os seus sonhos e luta por eles. Mas claro, o livro aborda também a sua história de amor, como encontrou a amizade num sítio improvável e como enfrentou todas as dificuldades!
Esta é indubitavelmente uma boa história, que nos faz acreditar no poder reparador e unificador dos livros. Claro que não deixa de ter os seus momentos caricatos, comportamentos inusitados e claro que derivam depois num final feliz para a protagonista depois de algumas peripécias!
Uma leitura que recomendo!
Excertos favoritos:
“Porque a vida é assim, não é? Se pensássemos em todas as pequenas coisas que nos desviam do nosso caminho de uma forma ou de outra, umas boas, outras más, nunca faríamos nada.
E há pessoas que não fazem. Há pessoas que passam pela vida sem realmente decidirem fazer muito, sem querer fazê-lo, sempre demasiado receosas das consequências de tentarem algo novo.”, página 40
“Olhou para longe e tentou pensar, com honestidade e seriedade, sobre a sua vida: ali, onde havia mais claridade, e podia respirar, e não estava estava rodeada de um milhão de pessoas cheias de pressa, a correr ou a agarrar algo ou a gritar ou a conseguir coisas nas suas vidas que publicavam no Facebook ou no Instagram, fazendo-a sentir-se deslocada. E sabia que algumas pessoas afogavam os seus medos em comida, outras em álcool, e outras nos planos complicados de noivados, casamentos e outros acontecimentos da vida que lhes consumiam todo o tempo livre, para o caso de lhes ocorrerem pensamentos desagradáveis. Mas Nina, sempre que a realidade, ou o lado mais triste da realidade, ameaçava dominá-la, virava-se para um livro. Os livros eram o seu consolo quando estava triste; os seus amigos quando se sentia sozinha.”
“Fora o que Surinder lhe dissera quando Nina lhe perguntara a sua opinião sincera sobre a ideia da furgoneta. «Faz alguma coisa. Podes cometer um erro e depois podes emendá-lo. Mas, se não fizeres nada, não podes emendar nada. E a tua vida poderá encher-se de arrependimentos.”
“Lá dentro estava um pequeno livro de poesia, em russo e inglês, de um escritor de quem Nina nunca ouvira falar, chamado Fyodor Tyutchev.”
“Fica em silêncio, esconde-te e deixa
os teus pensamentos e desejos erguerem-se e instalarem-se
nos recantos do teu coração.
Deixa os sonhos moverem-se sem ruído como as estrelas,
mais maravilhados do que te apercebes.
Deixa-os preencherem-te — e fica imóvel.”
“Há um universo dentro de cada ser humano tão vasto como o universo fora dele. Os livros eram a melhor forma que Nina conhecia — além, por vezes, da música — de quebrar essa barreira; de ligar o universo interior ao exterior, sendo as palavras meras portas de comunicação entre os dois mundos.”
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