23/03/2022

Esta noite, fala-me de amor, Elin Hilderbrand


Esta noite, Fala-me de amor, Elin Hilderbrand 

Título original: The Matchmaker

Escritora: Elin Hilderbrand

Editora: Asa

Género: Romance

1ª Edição: maio de 2015

Nº páginas: 358

Classificação: 4 estrelas


SINOPSE

A adorável Dabney Kimball Beech é uma lenda viva na ilha de Nantucket. Dabney estudou em Harvard e é uma profissional de sucesso. Mas o seu grande talento é outro: graças a um dom que muitos consideram místico, ela é a casamenteira perfeita. Quando duas pessoas são compatíveis, Dabney vê-as sob uma aura cor de rosa; quando não são, o tom que as envolve é um desolador esverdeado. Ela já juntou mais de quarenta casais. Apenas uma pessoa parece teimosamente imune à sua seta de Cupido: ela própria. 

Por mau carma ou piada cósmica, Dabney perdeu o seu grande amor: Clen Hughes, o belíssimo homem de olhos verdes que lhe partiu o coração e que agora, tantos anos depois, está de volta à ilha. A notícia deixa-a inquieta. A mera perspetiva de um reencontro é suficiente para lhe tirar o sono… e com razão. 

Clen vem virar o seu pequeno mundo do avesso, algo que é simultaneamente maravilhoso e terrível.

Os deliciosos dias e noites que passam juntos não deixam antever a tempestade que se aproxima. No fim, Dabney terá de fazer novamente uso do seu dom… numa corrida contra o tempo.

***

Opinião:  

Eu pensava que este seria um romance fofinho, cheio de amor e com uma história de amor lamechas, aquelas que eu gosto de ler no mês do amor e romance, pois enganei-me. Esta foi sim uma história que mostra que o amor pode durar uma vida e para além da vida e que nem sempre é forte o suficiente para as coisas correrem bem à primeira.

A personagem que mais me cativou foi sem dúvida, Dabney, a casamenteira local da ilha de Nantucket, para quem o amor se resumia a uma nuvem cor de rosa ou o “desamor” numa bruma verde… a sua vida foi vivida com dedicação à sua ilha, â sua família e aos seus amigos, até que o seu grande amor volta, e a sua pacata vivência é perturbada e a sua vida não volta a ser a mesma. Clendenin Hughes, o seu amor de infância, aquele a quem ela sempre soubera estar destinada, volta após um acontecimento que o fez reavaliar a sua existência e encontra em Nantucket e em Dabney o seu porto seguro.

Ambos enfrentam os fantasmas do passado, olham para um futuro a dois e Agnes a filha de ambos regressa à ilha para um verão onde conhece o seu pai biológico e convive com o seu pai adoptivo Box, tentando manter equilibradas as novas relações familiares, para complicar ainda mais este cenário, Agnes rompe o seu noivado, conhece um novo amor, Dabney ainda a fazer de casamenteira reúne dois casais e finalmente vive o grande amor de infância… não sabendo ela a reviravolta que o destino lhes reserva!

O livro é dividido em três partes e acaba por ser contado pelas personagens principais, Box, Clemente, Dabney, Agnes e Nina a melhor amiga de Dabley. Este foi um livro que me cativou pelas descrições de Nantucket, eu confesso que gostava mesmo de saber se a festa do narciso se faz, se as pessoas são tão afetuosas por lá, e é um livro que nos toca pela história bonita e agridoce com a qual a autora nos dá a conhecer. Tenho ainda por ler todos os livros da autora publicados cá por Portugal. 

A autora já publicou, ao todo 28 romances, várias séries e que a serem tão bons como este, deveríamos ler!

Classificação: 4 estrelas

Podem ler a sinopse ou adquirir o livro utilizando os meus links de afiliada! 

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12/03/2022

Os cem anos de Lenni e Margot, Marianne Cronin

Os cem anos de Lenni e Margot, Marianne Cronin


Editora: Editorial Presença 

Nº de Páginas 336 

Data de Lançamento 7/2021

Período de Leitura: 29 de Janeiro a 6 de Fevereiro




Sinopse

LENNI TEM 17 ANOS E POUCO TEMPO DE VIDA. 

MAS O ENCONTRO COM MARGOT, UM ESPÍRITO REBELDE COM 83, 

ESTÁ PRESTES A MUDAR TUDO NOS SEUS DIAS. 

A vida é curta. Ninguém sabe isso melhor do que Lenni, de 17 anos, internada numa enfermaria para doentes terminais. Em breve, aprenderá que não é apenas o que se faz com a vida que importa - mas também como e com quem a partilhamos. 

Contrariando as ordens do médico, Lenni começa a frequentar aulas de arte. É lá que conhece Margot, uma doente de outra enfermaria, com 83 anos e um espírito rebelde. O laço que se cria entre elas é instantâneo, ao perceberem que, somando as suas idades, viveram cem anos incríveis. 

Para celebrar o seu século em comum, decidem pintar as histórias das suas vidas: de como é envelhecer e ser jovem, dar alegria, receber bondade, perder o amor ou encontrar a pessoa da nossa vida. 

À medida que esta maravilhosa amizade se aprofunda, os dias de Lenni e Margot ganham cada vez mais luz, esperança e… vida. 

Extraordinariamente espirituoso e cheio de ternura, Os Cem Anos de Lenni e Margot é um romance que nos relembra de que é feito, verdadeiramente, o admirável dom da vida. Uma história sobre a nossa capacidade infinita de criar amizade e amor, mesmo nos momentos mais difíceis - em que mais precisamos deles. 


Opinião

Um livro que me apareceu por acaso, com um convite feito por uma amiga livrólica para participar numa leitura conjunta. Foi um excelente livro e não dei as cinco estrelas porque o final me entristeceu.


Este é um livro que nos fala da nossa passagem pela vida. O relato do mesmo, inicia-se com Lenni, uma adolescente que diz “estar num terminal de aeroporto”, para se referir à sua condição de doente terminal. Lenni relata-nos o seu dia a dia no hospital, as suas personagens, o padre, a estagiária, a professora de arte, a enfermeira fixe, a enfermeira não tão fixe, a sua nova amiga Margot e tantos outros que compõem a sua história.

Lenni, no início da sua história, conta-nos como começa por frequentar a igreja e conhece o padre Arthur, de quem ficamos a conhecer a predileção por sandes de ovo e e agrião, sobre a sua empregada que lhe cola os seus postais de férias no frigorífico e ficamos a conhecer mais detalhes sobre a vida de um padre. O objectivo de Lenni com estas visitas, era obter respostas sobre a sua condição, de forma direta pergunta ao padre se ele, como afirma poder responder a todas as perguntas, pode responder-lhe porque está ela a morrer:

“— Mas consegue mesmo responder a uma pergunta? Honestamente? Consegue responder-me a uma pergunta sem me dizer que a vida é um mistério, ou que Deus tem um plano para tudo, ou que as respostas que eu procuro hão de vir a seu tempo?

— Porque é que não me dizes qual é a pergunta, e depois tentamos perceber os dois em conjunto de que forma Deus pode ajudar-nos a descobrir uma resposta?

Recostei-me no banco, e ele rangeu. O som ecoou por toda a capela.

— Porque é que eu estou a morrer?”, Os Cem Anos de Lenni e Margot, Marianne Cronin, página 12.

Lenni quer saber o porquê de estar a morrer e espera que o padre, sendo o representante de Deus lhe possa responder, mas o padre diz que não tem a resposta para todas as perguntas e que ele não lhe pode responder. Lenni tem várias teorias que lhe apresenta, que pode ter feito algo que irritou Deus, que reza ao Deus errado… mas sabiamente o padre demonstra-lhe que as coisas são como são, que existe um propósito na vida e na morte e que nos cabe a nós descobrir porque cá estamos.

“— Sabes, é engraçado. A pergunta que me fazem mais vezes é porquê. Porquê é sempre a pergunta difícil. Sei dizer como, e o quê e quem, mas porquê, essa é a pergunta à qual nem consigo fingir que sei responder. Quando comecei a trabalhar, costumava tentar responder-lhe.

— Mas agora já não tenta?

— Acho que essa resposta está para lá das minhas competências. Só Ele é que pode responder. — Apontou para o altar como se Deus estivesse de cócoras atrás dele, escondido, a ouvir.

Fiz um gesto como que a dizer-lhe «está a ver, eu bem lhe disse».

— Mas isso não significa que não haja resposta — acrescentou rapidamente. — Só que a resposta só pode ser dada por Deus.”! , Os Cem Anos de Lenni e Margot, Marianne Cronin, página 13.

Lenni vai contar-nos outros episódios, falar das personagens do hospital, do seu pequeno  mundo actual, algumas destas personagens não são tratadas pelo nome, mas pelo estatuto/ profissão, como a temporária, ou a enfermeira nova. Conhecemos a história da amargurada e enganada temporária que criou o espaço de artes no hospital, mas que acabou despedida pelo seu chefe e sem glória e louros pelo trabalho que lá teve. Que a enfermeira nova levou sete semanas a conseguir levá-la à sala. As descrições que faz das personagens são muito evocativas, quase como se as conhecesse intimamente e isto somente através da observação diária dos hábitos destas pessoas. A descrição mais interessante para mim é  a que Lenni faz de Pippa, a professora de arte. Estas descrições são fora do vulgar assim como as suas histórias e peripécias que nos arrebatam, por exemplo, a história da visita do padre Arthur, a sua interpretação da parábola do filho pródigo e a sua tentativa de vender a religião como se fosse um produto! Ou ainda  a sua discussão com o padre sobre a vingança ou o perdão! É uma miúda com uma imaginação muito fértil, cheia de entusiasmo, que reflete sobre temas sérios, de uma forma inusitada mas revelando uma perspicácia impressionante, que demonstra através da afirmação que faz quando conhece Margot:

“Não dou muita importância aos números. Não quero saber de divisões nem de percentagens. Não sei a minha altura nem o meu peso, e não sei de cor o número de telefone do meu pai, embora saiba que em tempos já o soube. Prefiro as palavras. As deliciosas e gloriosas palavras.

Mas, à minha frente, estavam dois números importantes, dois números que seriam importantes para o resto dos meus dias contados.

— As nossas idades juntas — disse-lhe em voz baixa — são cem anos.”, Os Cem Anos de Lenni e Margot, página 42, Marianne Cronin

O relacionamento que Lenni começa a construir com Margot é bonito, não existe outra palavra para o definir. Lenni é incapaz de fazer amizades com pessoas da sua idade, mas relaciona-se extremamente bem com Margot e com o padre Arthur. Creio que acontece porque a sua condição, a dotou de uma maturidade que não é visível nas pessoas da sua idade. Pouco e pouco Lenni, no seu pequeno caderno vai escrevendo as histórias dos cem anos de ambas, acontecimentos importantes, um por ano, que marcaram as suas vidas e assim se vai cimentando esta amizade, e o amor que nutrem uma pela outra. Momentos de introspecção, de alegria, cómicos com as reflexões sobre Jesus e a sua vida, os debates com o padre Arthur, tristeza, sentimentos fortes, aceitação mas acima de tudo o desejo de permanecer como uma boa recordação na vida dos outros. Ilustrados também nas telas que vão desenhando na sala de pintura:

“— Lenni — disse ela, em voz baixa —, és a pessoa mais corajosa que conheço.

— Porquê?

— Porque sim — respondeu, e ficámos presas àquele momento.

— Morrer não tem nada de corajoso — contrapus. — É uma coisa que acontece. Não sou corajosa. Simplesmente, ainda não morri.”, Os Cem Anos de Lenni e Margot, página 122, Marianne Cronin

Estes cem anos são contados de uma forma deliciosa, a autora escreve de forma a  aguçar a nossa curiosidade, intercalando a vida presente e passada de ambas, temos vislumbres da vida de Lenni, da vida de Margot e acompanhamos os episódios caricatos do hospital (outro da Temporária, sim ela volta! Para descobrir um pai sueco que falece antes de conhecer, mas que lhe deixa um saco cheio de notas!). Mas estas histórias, como já mencionei, nem sempre relatam momentos felizes, ou os bons momentos que querem recordar, são relatos também de episódios tristes e marcantes da vida de cada uma delas. Posso dizer que fiquei extremamente revoltada com o relato da situação com a enfermeira Jacky, que revela tamanha falta de sensibilidade e tacto para com Lennie!

Mas gosto muito de acompanhar também os vislumbres da vida de Margot, a sua vivência em Londres, o seu primeiro casamento, o nascimento e perda do seu filho Davey, a vida com  o seu encontro com Humphrey, o seu casamento, o reencontro com a sua amiga, a sua lua de mel, as histórias caricatas de Humphrey, a sua paixão por galinhas e estrelas… o regresso da sua amiga Meena e do seu filho Jeremy, a partida de Humphrey, a sua visita ao Vietname… ao mesmo tempo que acompanhamos pedaços da vida de Lenni, o episódioda partida do padre Arthur, para a reforma, fez-me soltar, confesso uma lágrima ou duas… mas quando capítulos depois houve outra despedida, caiam-me lágrimas pela cara baixo, não é uma leitura fácil, porque vemos perecer uma pessoa tão cheia de vida e especial, que consegue levar alegria aos outros mesmo estando a sua própria luz a desvanecer-se:

“Tenho a sensação de que me falta essa Coisa Preciosa. Não sei o que hei de fazer de mim. A única coisa em que consigo pensar é em acabar a minha história, Os Cem Anos de Lenni e Margot! Marianne Cronin, página 311

Este foi um livro agridoce que li sempre com a esperança de que houvesse um rumo diferente do já expectável para Lenni. Mas é acima de tudo um livro que fala de coragem, superação e do valor dos laços de amizade. 

Classificação: 4 estrelas

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18/02/2022

Um almoço de Domingo, Luís Peixoto

Um almoço de Domingo, Luís Peixoto


Ano de edição: 03-2021

Editor: Quetzal Editores

Páginas: 264

Período de Leitura: 14 a 27 de Janeiro

 

Sinopse: Um romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.

Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.

 

Opinião: Ler este livro foi, como comer a minha sobremesa favorita, é uma analogia estranha, mas passo a explicar. Primeiro olhamos para o seu aspecto exterior, de seguida, saboreáramos cada colherada que nos chega à boca, degustamos calmamente até que chega ao fim. Assim foi com o livro, comecei por apreciá-lo, olhei para o seu aspecto, abri-o, cheirei-o, deixei a mão deslizar pelas páginas e senti a textura do papel, aprecei a disposição das letras e somente depois iniciei a leitura da história.

 Mas esta não é uma história qualquer, começa, para mim, logo com palavras que falam connosco, que nos levam por vezes para longe, para as nossas próprias memórias, os almoços em casa dos nosso avós, as tardes de conversa em família, os episódios da infância dos nossos avós, dos nossos pais, da nossa própria infância, momentos de alegria, de ligação, de amor. Este  é um livro perigoso para um leitor, porque nos dá muito espaço para nós perdermos na nossa própria memória, ao invés de dos perdermos na narrativa, é que se lê a um ritmo lento e em que sentimos a história através de cada palavra lida.

O romance é um retrato da história do sr. Rui Nabeiro, menino, rapaz e homem responsável pela sua família e tantas outras em Campo Maior, passando pela história do próprio país. Fala-nos do seu quotidiano na infanção com os país, da sua participação na fábrica de torrefação de café, de como conheceu a sua Alice e o quanto aprecia esta sua companheira de vida, de como a Delta cresce e se torna uma marca tão especial. É um romances emocionante por vários motivos, pelos momentos ternos que nos conta, pelos momentos que nos afligem como a tentativa de salvar a sua irmã em Inglaterra, e pelos momentos de suspense criados aquando do relato das travessias clandestinas e quando é preso em Badajoz.

Este acaba, por ser de certa forma, o relato de uma saga familiar, o registo dos acontecimentos da família sob a forma de memórias, uma família com valores tão simples como a honestidade, o respeito e a dedicação. Estes valores que se traduziram numa marca como a Delta, mas que é representada por uma pessoa fora do comum, que sim um empresário, mas que procura estar próximo dos outros, com uma dose de empatia e de palavra fácil, traduzindo a linguagem complicada do negócio em algo tão simples como uma boa conversa. Pois, parece-me que é isto que o sr. Rui sempre tem, uma palavra que se adequa a cada um, uma maneira de estar e de se relacionar com os outros sem olhar a convenções, a preceitos de moda ou a cargos e posições. Está lá pelo outro e para o outro sem floreados, sem trapaças e mostrando o que de si em si tem de melhor!

Este livro conta-nos a memória de muitos almoços de domingo, eventos de família, onde se partilham história e se dá sentido à vida familiar. Retrata o dia de aniversário comemorativo dos 90 anos do comendador e os dois dias anteriores, mas este é, e acaba por se o retrato da família, do círculo de amigos, da vida na comunidade de Campo Maior. Sente-se a gratidão, o reconhecimento, a alegria na celebração de um homem que dedicou a sua vida a edificar um negócio que beneficia a sua comunidade, os seus e todos os que a ele recorrem.


Um excelente livro e recomendo vivamente a sua leitura!

Classificação: 5 estrelas

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14/02/2022

Leitura Conjunta de Fevereiro: Esta noite, fala-me de amor, Elin Hilderbrand

 Olá!!

Neste dia do amor e da amizade vou iniciar uma nova leitura conjunta a decorrer no grupo Livrólicos de Cá e de Lá… uma leitura dedicada ao amor, mas também com uma nova autora que não conheço. 

Elin Hilderbrand ja publicou até ao momento 29 livros, conta já com uma vasta carreira dentro do género, e certamente já se afirmou como uma conceituada autora de romances.

Elin Hilderbrand vive em Nantucket com o marido e os três filhos pequenos. Cresceu em Collegeville, Pensilvânia, e viajou muito antes de assentar na ilha onde vive, que serve de cenário aos seus romances. A autora formou-se na Universidade John Hopkins e foi bolseira e docente no workshop de Escrita Criativa da Universidade do Iowa. 

As suas obras são presença constante nas listas dos livros mais vendidos do New York Times. Em Portugal encontram-se já publicados seis livros e esperemos que publiquem os restantes.

Quem quiser seguir está leitura de grupo deixo aqui a calendarização, temos um chat de grupo para ir discutindo a leitura! 

Abaixo deixo uma lista dos seus livros publicados até ao momento!

Saga 28 Summers 

28 Summers (2020) 

The Sixth Wedding (2021) 


Saga Nantucket 

A Summer Affair (2008) 

The Castaways (2009) - Segredos de Verão, 2020, Editora Contraponto, Portugal 

The Perfect Couple (2018) - O casal perfeito, 2021, Círculo de Leitores, Portugal 


Saga Winter 

Winter Street (2014) 

Winter Stroll (2015) 

Christmas on Nantucket (2015) 

Winter Storms (2016) 

Winter Solstice (2017) 


Saga Paradise 

Winter in Paradise (2018) 

What Happens in Paradise (2019) 

Troubles in Paradise (2020) 


Romances Independentes

The Beach Club (2000) 

Nantucket Nights (2002) 

Summer People (2003) 

The Blue Bistro (2005) 

The Love Season (2006) 

Barefoot (2007) - Descalças, 2010, Editora Contraponto, Portugal 

The Island (2010) - A ilha, 2012, Editora Contraponto, Portugal 

Silver Girl (2011) 

Summerland (2012) 

Beautiful Day (2013) 

The Matchmaker (2014) - Esta noite, fala-me de amor, 2015, Edições Asa, Portugal

The Rumor (2015) 

Here's to Us (2016) 

The Identicals (2017)

Summer of '69 (2019) - Um verão especial, 2020, Círculo de Leitores, Portugal 

Golden Girl (2021) 


Boas leituras!!!

13/02/2022

Amante Revelado, J. R. Ward

Amante Revelado, J. R. Ward


Autor: J. R. Ward

Editor: Casa das Letras

Data de lançamento: fevereiro 2022

Nº Páginas: 584

Período de Leitura: 6 a 13 de Fevereiro

Sinopse: Sahvage tem vivido fora do radar há séculos – e tem toda a intenção de se manter «morto e enterrado». Mas quando uma civil o arrasta para a sua batalha com um mal tão antigo quanto o tempo, o seu lado protetor sobrepõe-se ao seu senso comum.

Mae perdeu tudo, e o desespero coloca-a em rota de colisão com o destino. Determinada a reverter uma tragédia, ela vai onde mortais deveriam temer ir – e encontra-se cara-a-cara com o novo inimigo da Irmandade. Também descobre com Sahvage um amor que nunca imaginara que pudesse existir.

Mas não há futuro para eles. Sabendo que terão de seguir caminhos opostos, os dois unem-se para lutar contra o que Mae inadvertidamente libertou – enquanto a Irmandade está próxima de reclamar um dos seus condenados, e o mal promete destruir todos...

Opinião: Este é o volume 19 que segue a história da Irmandade da Adaga Negra, e a cada volume acompanhamos uma história de amor e seguimos de perto acontecimentos cruciais ao desenvolvimento da história!

Neste novo volume conhecemos Mãe, uma fêmea vampira, que procura desesperadamente uma solução para a morte do seu irmão, não aceitando a sua morte, sabe por Tallah, membro da antiga glymera, de um livro que poderia trazer o seu irmão de volta do mundo dos mortos.

Mae não contava na sua busca em conhecer Sahvage, um antigo irmão que vive à parte da sociedade e que “é salvo” por Mae quando é esfaqueado mortalmente num combate ilegal. Desde aí Sahvage, sente-se compelido a proteger a jovem fêmea, pois nutre por ela sentimentos que se aprofundam a cada dia que passa.

Ao mesmo tempo que acompanhamos a história de amor, vemos desenrolar uma nova ameaça contra a Irmandade, na figura de um novo demónio chegado à cidade, após a morte do Ómega, Devina! Viciada em roupas, jóias, malas cara e sapatos, esta nova ameaça só quer perceber como encontrar o verdadeiro amor, mas deixa atrás de si, um rasto de mortos, na sua busca incessante pelo Livro e o seu objectivo final, o amor. Estranho não é?

Devina busca o livro usando Balthazar, um dos irmãos, entrando-lhe nos seus pensamentos e fazendo com que ele procure o livro por ela também, quando finalmente Balthazar vai buscar o livro, encontra-se com Sahvage e lutam pela posse do mesmo, um com o intuito de destruir o livro e o outro a pensar que o livro seria a maneira de se livrar do mal que sente dentro de si. Balthazar nessa noite conhece a detetive Erika e descobre que talvez o caminho para a sua salvação seja o amor e não o livro…

Acompanhamos ainda a história de uma figura misteriosa, Rahvyn, que descobrimos mais tarde ser a prima de Sahvage. O que não percebemos é porque Lassiter não a viu chegar e não sabe nada sobre ela, afinal ele é “o novo Virgem Escrivã” e deveria antecipar estas coisas. Aqui vamos ter história, muito drama, pois com Lassiter à mistura só podemos ter isso, e ainda por cima o filho de Murhder, Nate está perdido de amores por ela! 

A autora termina o livro deixando tudo em aberto, Devina não morreu… Balthazar esta enamorado e Lassiter, ou Lassiter, vais ter sarilhos! Desta forma a autora aguça a nossa curiosidade e deixa-nos a ansiar pelos  próximos livros! 

Classificação: 4 estrelas

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Géneros Literários > Ficção e Não-ficção


 GÉNEROS LITERÁRIOS

O género literário (português europeu) ou gênero literário (português brasileiro) é uma categoria de composição literária. A classificação das obras literárias podem ser feitas de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais e outros. As distinções entre os géneros e categorias são flexíveis, muitas vezes com subgrupos.

Na história, houve várias classificações de géneros literários, de modo que não se pode determinar uma categorização de todas as obras seguindo uma abordagem comum. A divisão clássica é, desde a Antiguidade, em três grupos: narrativo ou épico (1) , lírico (2) e dramático (3).

Esta divisão partiu dos filósofos da Grécia antiga, Platão e Aristóteles, quando iniciaram estudos para o questionamento daquilo que representaria o literário e como essa representação seria produzida. Essas três classificações básicas, fixadas pela tradição, abrangem inúmeras categorias menores, denominadas de subgéneros.

Todas as modalidades literárias são influenciadas pelas personagens, pelo espaço e pelo tempo. Todos os géneros podem ser não-ficcionais ou ficcionais. Os não-ficcionais baseiam-se na realidade, e os ficcionais inventam um mundo, onde os acontecimentos ocorrem coerentemente com o que se passa no enredo da história.

 

1.     Género Épico:

 

O texto épico relata fatos históricos realizados pelos seres humanos no passado. É relatar um enredo, sendo ele imaginário ou não, situado em tempo e lugar determinados, envolvendo uma ou mais personagens, e assim o faz de diversas formas.

As narrativas utilizam-se de diferentes linguagens: a verbal (oral ou escrita), a visual (por meio da imagem), a gestual (por meio de gestos), além de outras.

Quanto à estrutura, ao conteúdo e à extensão, podem-se classificar as obras narrativas em romances, contos, novelas, poesias épicas, crónicas, fábulas e ensaios. Quanto à temática, às narrativas podem ser histórias policiais, de amor, de ficção, etc.

 

Todo texto que traz foco narrativo, enredo, personagens, tempo e espaço, conflito, clímax e desfecho é classificado como narrativo.

 

Segundo alguns autores, esses três géneros correspondem, em termos gerais, às faculdades psíquicas da antiga tripartição da alma humana de Platão: sentimento, pensamento e vontade.

 

2.     Género lírico

O género lírico faz-se, na maioria das vezes, em versos (poesia, poema) e explora a musicalidade das palavras, embora elementos líricos sejam encontrados noutras formas, como o melodrama ou em narrativas românticas. É importante ressaltar que o género lírico trabalha bastante com as emoções, explorando os sentimentos. Embora atualmente "poesia" se identifique principalmente com poesia lírica, historicamente, existem também a poesia épica (epopeia) e a poesia dramática. Os géneros épico-narrativo e o dramático também podem ser escritos na forma de versos, embora modernamente prefira-se a prosa.

 

Poesia: Composição textual em versos, metrificados ou livres, geralmente associado à sonoridade e figuras de linguagem, podendo ou não ser de caráter subjetivo.

 

Género épico-narrativo: subcategorias

O género épico, em sentido amplo, ou narrativo, pode ser expresso na forma de prosa (em especial, contos, novelas e romances), de poesia (epopeias), ou mesmo como peça (teatro épico).

 Seguem, abaixo, modalidades textuais pertencentes ao género narrativo, de acordo com a forma, especialmente:

 Epopeia ou Épico, em sentido restrito: é uma narrativa feita em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um povo. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisseia, de Homero. 

Conto: Narração em prosa mais curta que o romance e a novela, geralmente finalizada por um clímax, é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, curtas, engraçadas e até folclores (conto popular) por personagens previamente retratadas. Inicialmente, fazia parte da literatura oral e Boccaccio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decameron.

Novela: Narração em prosa de extensão intermediária ao romance e ao conto que acompanha a trajetória de um único personagem. É um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. A personagem caracteriza-se existencialmente em poucas situações. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.

 Romance*: com uma descrição longa das acções e sentimentos de personagens fictícias, adaptando factos da vida real à ficção, o romance não é simplesmente uma história de amor com final feliz ou triste. Comparado à novela, é mais complexo e extenso. (Exemplos: Romance de espionagem; Romance policial; Romance psicológico, ect., ver abaixo).

 Crónica: Narração curta, produzida essencialmente para ser veiculada na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal ou mesmo na rádio. Possui assim uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o leem. É uma narrativa informal, ligada à vida quotidiana, com linguagem coloquial, breve, com um toque de humor e crítica.

 Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverosímil (não tem nenhuma semelhança com a realidade). As personagens principais são animais ou objetos, e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.


3. Género dramático

 Em geral, é composto de textos que foram escritos para serem encenados em forma de peça de teatro, ou como roteiro para cinema (filme) ou televisão (teledramaturgia). Para o texto dramático se tornar uma peça, ele deve primeiro ser transformado num roteiro, para depois poder ser transformado então no género espetáculo. Entretanto, elementos dramáticos podem ser encontrados noutras formas, como na poesia dramática ou em narrativas dramáticas.

É muito difícil ter definição de texto dramático que o diferencie dos demais géneros textuais, já que existe uma tendência atual muito grande em teatralizar qualquer tipo de texto. No entanto, a principal característica do texto dramático é a presença do chamado texto principal, composto pela parte do texto que deve ser dito pelos atores na peça e que, muitas vezes, é induzido pelas indicações cénicas, rubricas ou didascálias, texto também chamado de secundário, que informa os atores e o leitor sobre a dinâmica do texto principal. Por exemplo, antes da fala de um personagem é colocada a expressão «com voz baixa», indicando como o texto deve ser falado.

Já que não existe narrador nesse tipo de texto, o drama é dividido entre as duas personagens locutoras, que entram em cena pela citação de seus nomes.Classifica-se de drama toda peça teatral caracterizada sem seriedade, ou solenidade, em semelhança à comédia propriamente dita. 

Apresenta um qualquer tema, estrutura-se em dois tipos de textos: rubrica e o discurso direto. Há ausência de narrador e é formado por atos, quadros e cenas porém o género dramático se encontra numa classe gramatical muito grande e alta o que dificulta o entendimento desse assunto.

 

Alguns subtipos:

Comédia

Comédia dramática: Tipo de drama. Estas obras geralmente apresentam uma história séria, porém abordada de forma engraçada. Os enredos normalmente gira em torno de um personagem que deseja conseguir alguma coisa que será sua realização pessoal ou que é obrigado a conseguir para que isso não lhe cause nenhum sofrimento. As tentativas, geralmente frustradas, acabam provocando risos da platéia. Um dos pré-requisitos desse género é que, após muitos risos e lágrimas, o personagem consiga o que deseja e tenha um final feliz.

Comédia musical

Commedia dell'arte

Farsa — é um texto onde os personagens principais podem ser duas ou mais pessoas diferentes e não serem reconhecidos pelos feitos dessa pessoa.

Melodrama

Pantomima

Performance

Teatro de marionetes

Teatro de máscaras

Teatro de improvisação

Tragédia: representa um fato trágico e tende a provocar compaixão e terror.

Tragicomédia

Vaudeville


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Ficção e não ficção

A ficção é inventada, a não ficção é um facto. Os livros de ficção são escritos para entreter os leitores e os livros de não ficção são escritos para dar mais conhecimento aos leitores. Exemplos de ficções são romances, contos, etc. Livros de história, autobiografia, etc. não são ficções.

 

A ficção é uma narrativa imaginária, irreal, ou para redefinir obras criadas a partir da imaginação. Em contraste, a não-ficção reivindica ser uma narrativa factual sobre a realidade. Obras ficcionais podem ser parcialmente baseadas em fatos, mas sempre contêm algum conteúdo imaginário.

Não ficção é uma descrição ou representação de um assunto que é apresentado como fato. Esta representação pode ser precisa ou não; isto é, pode fornecer uma descrição verdadeira ou falsa do assunto em questão. Todavia, geralmente assume-se que os autores de tais relatos acreditavam que eles eram verdadeiros na época em que foram criados. Deve ser observado que relatar as crenças de outrem em formato de não ficção não é necessariamente um endosso quanto à veracidade última de tais crenças, ou, em outras palavras, sabe-se apenas que é verdade que pessoas acreditam nisso (temas tais como mitologiareligião, etc).

Pode-se mesmo escrever não ficção sobre ficção (romancesnovelaspoesiasfábulas, etc), dando informações sobre estas outras obras.

A não ficção é uma das duas grandes divisões das obras literárias (sendo a outra a ficção), usada particularmente na catalogação de obras por bibliotecas. Todavia, não ficção não necessita de ser um texto escrito, visto que fotografias e filmes também podem representar a descrição factual de um assunto.

NÃO-FICÇÃO

 

Composição que reúne factos sobre a realidade. Podem ser ensaios, biografias, memórias, etc.

 

Ensaio: Texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema.É um texto breve, literário ou não, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico. Biografias e diários também costumam ser classificados como ensaio. 

Biografia

Género no qual o autor narra sobre a vida de uma pessoa ou de várias pessoas, também para as autobiografias, ou seja, biografias nas quais o autor narra sua própria história. Difere dos Romances Biográficos por não trazer o conteúdo sob a estrutura de um Romance (género textual).

Memórias

Género de literatura em que o narrador conta fatos da sua vida. É tipicamente um género do modo narrativo, assim como a novela e o conto, porém essa classificação é predominantemente atribuída a histórias verídicas ou baseadas em factos reais. Diferencia-se da biografia pois não se prende a contar a vida de alguém em particular, mas sim narrar as suas lembranças. 

Notícia: é um exemplo de texto não literário.

 

FICÇÃO

 Narrativa imaginária, irreal, que se opõe à Não-Ficção. Ainda que possa ser baseada em fatos reais, contará sempre com elementos de conteúdo imaginário.

Aventura

Refere-se às obras em que o protagonista, ou outros grandes personagens são constantemente colocados em situações perigosas.

Chick-Lit

Obras que abordam o universo feminino, sendo protagonizadas e majoritariamente escritas por mulheres. Geralmente são associadas a um conteúdo humorístico (embora nem todos os livros tenham essa característica de forma acentuada) e a um desenlace romântico, podendo ser associado ao Romance e ao Young Adult. 

Lad-Lit

Considerado, também, como um subgénero dos chick-lits, traz protagonistas homens em suas histórias, podendo ser escrito tanto por homens quanto por mulheres. Aqui será colocado como uma categoria à parte dos chick-lits por não necessariamente retratar o universo feminino, premissa básica do género. 

Sick-Lit

Género normalmente voltado a personagens adolescentes envoltos em doenças graves, como depressão, anorexia, cancro, tentativas de suicídio, etc. Geralmente associado a Drama e a Young Adult.

Clássicos

Obras consagradas pela crítica literária com o passar do tempo, podendo remeter ou não à antiguidade clássica.

Clássicos Contemporâneos

Autores e obras do século XX consagrados pela crítica literária.

Drama

Obras que trazem conteúdos, centrais ou não, caracterizados por sofrimentos e/ou tragédias, podendo ou não terem um desfecho triste.

Graphic Novel

Espécie de livro que normalmente conta “uma longa história através de arte sequencial (banda desenhada ou quadrinhos), e é frequentemente usado para definir as distinções subjetivas entre um livro e outros tipos de histórias em quadrinhos.” 

Banda desenhada (BD)

Forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais variados géneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras publicadas em revistas e jornais.

Mangá

São histórias aos quadrinhos japonesas, que ao contrário das convencionais, são lidos de trás para a frente. 

Literatura fantástica:

Género literário em que narrativas ficcionais estão centradas em elementos não existentes ou não reconhecidos na realidade, pela ciência dos tempos em que a obra foi escrita. Subdivide-se em diversos subgéneros.

a. Distopia

“Distopia ou antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma ‘utopia negativa’. As distopias são geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo, por opressivo controle da sociedade. Nelas, ‘caem as cortinas’, e a sociedade mostra-se corruptível; as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis. A tecnologia é usada como ferramenta de controle, seja do Estado, seja de instituições ou mesmo de corporações.

 b. Fantasia

Género que geralmente se utiliza de enómenos sobrenaturais, mágicos e outros como um elemento primário do enredo, tema ou configuração.

c. Ficção científica

Género literário desenvolvido no século XIX, que lida principalmente com o impacto da ciência, tanto verdadeira como imaginada, sobre a sociedade ou os indivíduos.”

d. Sobrenatural

Género derivado dos livros de Horror, originados dos romances góticos do século XVIII. A ideia desses romances era a de provocar medo nos seus leitores. Porém, com a evolução do género, o que temos hoje é a presença de seres sobrenaturais como vampiros, lobisomens, fantasmas, zumbis, etc, mas nem sempre acompanhados pela ideia do medo.

 

Literatura Infantil

Obras voltadas ao público infantil, geralmente de até 10 anos.

 

Literatura Infanto-Juvenil

Obras voltadas ao público geralmente entre 11 anos e 14 anos.

Young Adult

Género que abrange personagens normalmente entre 14 e 21 anos. “Separa-se de Literatura Infanto-Juvenil por deixar de lado a ingenuidade dos protagonistas e concentrar-se em temáticas mais adultas”. Pode estar associado a diversos outros géneros, como os Chick-Lits, Romances, Literatura Fantástica, Sick-Lits, etc. Conforme esclarecido, os livros de temática/narrativa mais intensa com personagens acima de 16/17 anos podem ser considerados, no blog, como New Adults. 

New Adult

Género que aborda uma fase de transição da adolescência para a vida adulta, com personagens, geralmente, menores de 25 anos, saídos do Ensino Médio/High School. São normalmente associados aos Romances, Romances Adultos e Dramas, sendo obras caracterizadas pela intensidade de suas histórias. No blog, o critério de idade pode não ser levado em conta, ou seja, livros que trazem personagens mais novas, ainda na escola, podem ser assim classificados se as outras características da trama forem predominantes à idade.

 

 

*Romance 

Género narrativo da prosa literária no qual há um maior detalha e encadeamento de ações, além da possibilidade de estarem presentes diversos personagens. Género que envolve histórias de conteúdo amoroso, sendo esse o centro ou não da trama.

a. Romance Adulto (hot)

História que traz, geralmente, conteúdo erótico, não sendo recomendável a menores de 16 anos. 

b. Romance Contemporâneo

História de amor que se passa em meio aos dias atuais. 

c. Romance Cristão

História baseada em conceitos cristãos e religiosos. 

d. Romance da Banca

Romance publicado em formato de banca: edições de bolso, económicas, antigamente vendidas apenas em bancas de jornais. Geralmente associado ao Romance Adulto, podendo, também, associar-se ao Romance de Época. 

e. Romance de Época

Género que aborda “histórias fictícias ambientadas em uma determinada época – e, consequentemente, a cultura da época em questão -, mas que não são, necessariamente, contextualizadas em um período histórico”, sendo o desenvolvimento romântico o foco do enredo. Geralmente associado ao Romance Adulto.

f. Romance Biográfico

Difere da Biografia por trazer o desenvolvimento de uma história com ações e personagens por meio de uma narrativa e diálogos, e do Romance Histórico por trazer personagens geralmente verídicas.

g. Romance Epistolar

A Carta é “o meio de comunicação escrita que segue uma estrutura mais rígida do que um bilhete, ainda que simplificada em comparação a outros meios de comunicação escrita. Normalmente compõe-se de local, data, destinatário, saudação, corpo, despedida e assinatura. De acordo com seu destinatário e propósito, pode ser classificada como carta pessoal, carta aberta, carta comercial, carta ao leitor, carta de despedida, entre muitos outros.” É então uma narrativa fictícia desenvolvida por meio da troca de cartas, bilhetes, emails, etc.

h. Romance Histórico

Narrativa na qual a história desenvolvida “está embasada n uma época com acontecimentos históricos que de fato aconteceram,  mesmo que o seu enredo” e personagens sejam fictícios. Pode ou não trazer conteúdo amoroso no seu enredo, e é uma classificação diferente da do Romance de Época por ter um foco maior no contexto e nos factos históricos retratados.

i. Romance Psicológico

“Género literário que se volta menos aos condicionantes exteriores do meio ambiente social e cultural e, mais, aos motivos íntimos das escolhas e ações humanas, no fluxo de afetos e memórias do inconsciente para o consciente, determinando comportamentos.”.

Terror

Género criado com o intuito de causar medo, aterrorizar. São obras fictícias que podem ter elementos místicos ou não com, em geral, o objetivo de atormentar e aterrorizar o leitor. Polémica por conta do motivo de seus leitores gostarem do horror em sí.

Thriller

Thriller ou suspense é um género que usa o suspense, tensão e excitação como principais elementos.

 a. Thriller da Conspiração

“Os protagonistas costumam ser jornalistas ou investigadores amadores que, geralmente sem saber, ‘puxam um fio’ e acabam por descobrir uma grande conspiração e a investigam até descobrir todos os segredos por trás dela, se tornando, assim, uma ameaça e alvo para os conspiradores.”

b. Thriller de Época

Thriller (policial ou de qualquer outra subcategoria) que se passa em uma época do passado.

c. Thriller Jurídico

Esse subgénero tem como cenário principal o tribunal, no qual aqueles que ignoram a lei são julgados por ela. Frequentemente, um advogado encontra um caso, muitas vezes atípico, e, a partir disso, vidas entram em jogo.

d. Thriller Médico

Aqui, pode haver dois diferentes pontos de partida para o desenvolvimento do enredo. Um deles é a ameaça à vida de um médico. O outro, é a propagação de uma doença misteriosa, e muitas vezes artificial, que foge de controle.

e. Thriller Policial

Uma sequência de crimes é apresentada, e o protagonista precisa investigá-los para descobrir quem são os criminosos e os seus motivos. Nesse subgénero, geralmente se foca no criminoso e não no investigador/policial, ainda que possa acontecer de a vida desses protagonistas também ser descrita durante o enredo. Podem-se, também, ser enfatizados os aspectos psicológicos dos personagens. Os temas mais comuns nesse subgénero são serial killers, assassinatos, assaltos, perseguições e tiroteios.

f. Thriller Psicológico

Nesse subgénero, “os personagens não são dependentes da força física para superar seus inimigos (que é frequentemente o caso típico de thrillers de ação), mas dependem de suas capacidades mentais, seja pela inteligência lutando com um oponente formidável, ou por tentar se manter em perfeito estado psicológico. Uma das características nesse género é que o escritor/roteirista busca descrever os eventos do ponto de vista do personagem, sendo assim, na maioria das vezes, narrados em primeira pessoa, ou seja, o próprio personagem é quem conta a história.”

g. Thriller Romântico

Subgénero no qual, além de algum mistério sendo desenvolvido e/ou investigado, há o desenrolar de uma situação amorosa, que, geralmente, está ligada ao suspense da trama.

 

Outros géneros e subgéneros: 

Elegia

É um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. Um bom exemplo é a peça Romeu e Julieta, de William Shakespeare.

Epitalâmia  

É um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas Noites Nupciais. 

Sátira  

É um texto de caracter ridicularizador, podendo ser também uma crítica indireta a algum facto ou a alguém. Uma piada é um bom exemplo de sátira.

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05/02/2022

Suite Francesa, Irène Némirovsky

Suite Francesa, Irène Némirovsky


Editor: Dom Quixote 

 Páginas: 584

Data Publicação: Março 2015

Data Leitura: 17 a 30 de Janeiro 


Sinopse

Suite Francesa é, ao mesmo tempo, um brilhante romance sobre a guerra e um documento histórico extraordinário. Uma evocação inigualável do êxodo de Paris após a invasão alemã de 1940 e da vida sob a ocupação nazi, escrito pela ilustre romancista francesa Irène Némirovsky ao mesmo tempo que os acontecimentos se desenrolavam à sua volta.

Embora tenha concebido o livro como uma obra em cinco partes (com base na estrutura da Quinta Sinfonia de Beethoven), Irène Némirovsky só conseguiu escrever as duas primeiras partes, Tempestade em Junho e Dolce, antes de ser presa, em Julho de 1942. Morreu em Auschwitz no mês seguinte. O manuscrito foi salvo pela sua filha Denise; foi apenas décadas depois que Denise descobriu que o que tinha imaginado ser o diário da mãe era na verdade uma inestimável obra de arte, que viria a ser aclamada pelos críticos europeus como um Guerra e Paz da Segunda Guerra Mundial.

Romance assombroso, intimista, implacável, desvelando com uma lucidez extraordinária a alma de cada francês durante a Ocupação (enriquecido e completado pelas notas e pela correspondência de Irène Némirovsky), Suite Francesa ressuscita, numa escrita brilhante e intuitiva, um momento decisivo e marcante da nossa memória colectiva.


Opinião:

Eu comecei neste livro com grandes expectativas, porque já tinha visto o filme, foi um precedente, pois normalmente leio o livro primeiro. Pouco conhecia da autora, mas o prefácio do livro  dá-nos uma bom resumo da sua vida. A autora nasceu em Kiev e, devido à revolução bolchevique, viu a fortuna de sua família arrestada e exilaram-se em França. Os pais converteram-se ao catolicismo, sem renegar as  origens judias. Durante a ocupação da França pelo exército nazi, Iréne Némirosvsky já consagrada como escritora de sucesso e com algumas das suas obras adaptadas ao cinema, não consegiui escapar ao regime nazi. Em 1940, foi presa, a cidadania francesa negada, deportada em 1942  para Auschwitz,  e morta logo à sua chegada.

O seu marido, Michel Epstein, foi também preso e deportado alguns meses depois do seu desaparecimento, chegando oferecer-se para troca com a sua mulher, acabou também preso e morreu em Auschwitz, no mesmo ano ano. As filhas, fugiram com a governanta e sobreviveram à guerra. E os manuscritos deste livro estavam na posse delas, foi Denise Epstein que descobriu, que as páginas guardadas não eram um diário, mas tratava-se de um romance, trabalhando sobre as anotações da sua mãe, revelou 60 anos depois, este livro fantástico.

Mas de regresso ao livro, a primeira parte, chamada de Tempestade de Junho, retrata a fuga de milhares de pessoas da cidade de Paris, em busca de um lugar mais seguro e também a fuga aos nazis. Acompanhamos duas famílias os Péricand, os Michaud e também um escritor famoso, Gabriel Corte. Como histórias secundárias vamos acompanhar o filhos dos Péricand que se quer juntar ao exército, o filho dos Michaud ferido em combate e em recuperação tão perto dos pais e da amante do responsável do banco, Corbin, onde trabalhavam os Michaud. Sentimos a tensão, o início das provações, os assaltos, o clima de desconfiança e de medo que se começa a instalar e de como cada família se adapta ou tenta fazer por isso à nova realidade que se começa a impor. Algumas pessoas tornam-se melhores e outras revelam traços de uma tremenda falta de carácter, como sendo o caso de manda-me Péricand. Corbin ou o escritor que se acha o supra sumo da sociedade…

A segunda parte do livro, Dolce, é já a realidade retratada também no filme, é o retrato da realidade da vida numa pequena vila, a de Bussy, que após a chegada das tropas alemãs vê a sua rotina bucólica um pouco sacudida com estas presenças. Os sentimentos que sentimos nesta parte, são variados indo do ódio ao amor, passando pela luxúria e pela aceitação. A vila tem basicamente mulheres de todas as idades, idosos, crianças e incapacitados. Com a chegada dos soldados alemães despertam-se sentimentos díspares em várias personagens, algumas mulheres sentem a luxúria que a atenção dos jovens e atraentes soldados lhes desperta. Noutros desperta o ódio pela ocupação, pelo desrespeito dos costumes de França, ressentimento porque os filhos partiram para a guerra e são prisioneiros dos nazis. É uma vivência sob uma constante tensão, medo e desconfiança. Mas vemos retratado o outro lado do “inimigo”, é impossível não gostar de Bruno von Falk, um militar alemão, sensível, compassivo, carinhoso e atento. Um amante da música e apanhado nas teias da guerra, numa posição que não queria mas para a qual não lhe foi dada escolha, que sentimos ser contra as atrocidades que se praticam. Indo viver com a família Angellier, apaixona-se por Lucille, que está dividida entre o amor a este homem e à pátria, para complicar ainda este romance, esconde também um residente da vila, Benoit, que é acusado de matar um soldado alemão. O livro é interrompido quando sabemos da invasão  da União Soviética em 1941.

A última frase do livro é esta: “Pouco depois, na estrada, no lugar do regimento alemão ficou apenas um pouco de poeira.” O final do livro é triste, menos emocionante que o final do filme, mas prefiro este final, porque deixa em aberto o destino de ambos, não há um sentimento de fecho, a história de Bruno e Lucille fica aberta a várias possibilidades. Esta história vem mostrar que nem sempre o mundo é preto e branco, que em ambos os lados de um conflito existem pessoas, que infelizmente se vêm em situações e lugares aos quais não podem fugir. Certamente um livro a não perder!


Classificação: 4 ****

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Wook: https://www.wook.pt/?a_aid=60fe8431a7210

Bertrand: https://www.bertrand.pt/?a_aid=6118def71f535

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