20/01/2016

Um dos marcos da minha vida...

                         

Há dias felizes, e este foi sem dúvida um dos melhores. Como este lembro-me do meu primeiro dia de escola, do dia do baile de finalistas, do primeiro dia de universidade, do primeiro dia de namoro, do dia em que comprei casa, do dia do casamento, o dia em que soube que estava grávida... De um ou outro dia que tiveram acontecimentos especiais.


Este sem dúvida foi um dos melhores, porque foi o dia em que me tornei mãe. Foi acima de tudo o dia em que deixei de pensar no nós a dois e para passar a pensar no nosso trio perfeito! Sim porque ele veio ao mundo perfeito, sem tristezas e deixou-nos feitos idiotas a olhar para ele enrolado debaixo daquele lençol.


Um dia que começou às cinco da manhã com cólicas, com uma dia ao wc, com outra ida ao wc e outra... Com calor e sem vontade de voltar à cama, com necessidade de ir passar a ferro às cinco e meia da manhã... A acordar o marido às sete meia com dores e já com contracções de cinco em cinco minutos. Com um duche do marido e meu, com pequeno almoço, com uma ida tranquila para a maternidade. Chegada às oito e meia. E aqui sim... Começa a verdadeira aventura do parto...


A enfermeira do hospital fez mil e uma perguntas, fez o tal toque, vestiu-me a maravilhosa bata de parto, preparou-me e levou-me para a sala de partos. O marido entrou mas teve de sair para eu levar a epidural. Às nove e meia e depois de terem feito um segundo toque, que me pôs a ver estrelinhas... Lá se decidiram a dar a epidural, a partir daí o marido entrou, rimos, vimos televisão, eu estive deitada, tinha sono vejam lá. Quase dez da manhã, a enfermeira muito simpática a verificar o ctg, tudo bem com o bebé, conversa sobre a filha que estava a estudar. 


Lá vem uma médica muito simpática, a pedir se me podia fazer o parto, ora essa menina então não pode porquê? Eu sou de medicina do quinto ano... É claro que pensamos, vem esta não sabe o que faz ainda vai dar complicação, mas como não gostei nada da médica que me fez o toque, disse claro que sim, vamos lá fazer isto. Avaliou e ficou também na sala.


Às onze e meia volta a senhora enfermeira para verificar e pronto, surpresa das surpresas, já estava pronta para pôr o príncipe fora da barriga. Entre a enfermeira, o marido e a médica, que ajudaram muito (o marido foi super marido e é que se lembrou da respiração certa... Eu já só queria fazer força e despachar aquilo...), com um pequeno corte para ajudar... veio ao mundo o meu bebé, pequeno, vermelho enrugadinho... Mas lindo! Levamos algum tempo a olhar para ele, ele para nós como que a ver onde é que raios ele estava!


Lanchei logo depois, estive bem disposta. Passadas umas horas subi para o quarto e foi logo hora de visitas. Pai, avós e tios babados e um bebé lindo e pequenino.

E há um ano que dura esta aventura... Partilho agora a história porque gostei de o ter guardado para mim durante este tempo. Mas agora ele já não é só meu, é do mundo! Beijinhos a todos que de uma forma ou outra nos têm acompanhado!



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