23/10/2014

Leituras de Agosto: Ao encontro do nosso Amor, Michael Baron


Título: Ao Encontro do Nosso Amor
Autor: Michael Baron
Data da Publicação: 04/2012
Editora: Quinta Essência
Páginas: 200


Sinopse:
"A história de um amor imortal. Joseph, um homem à beira dos quarenta anos, acorda desorientado e constrangido num local que não reconhece. Parte numa viagem para encontrar a sua casa, sem saber para onde vai, orientado apenas pela visão preciosa e indelével da mulher que ama. Antoinette é uma mulher de idade, que vive numa residência para séniores e que se refugiou no seu mundo interior. Aí, o corpo e a mente não a atraiçoaram. Aí, é uma jovem recém-casada com um marido que a idolatra e uma vida inteira de sonhos para viver. Aí, ela está verdadeiramente em casa. Warren, filho de Antoinette, é um quarentão anos que atravessa uma das fases mais difíceis da sua vida. Com tempo a mais, resolve tentar recriar as recordações de casa confeccionando os melhores pratos da mãe e saboreá-los com ela. Joseph, Antoinette e Warren são três pessoas que andam à procura de casa, cada uma à sua maneira. No modo como se ligam umas às outras nesta fase crítica das suas vidas reside o fundamento do tipo de história profunda e comovente que nos habituámos a esperar de Michael Baron."
http://www.fnac.pt/Ao-Encontro-do-Nosso-Amor-Michael-Baron/a565946


Opinião:

Foi o primeiro livro que li do autor e talvez o último. A história é muito bonita, mas um pouco água sem sal, o livro é curto e nem percebo bem se o foco é sobre a história da mãe ou do filho. É assim uma narrativa, pequena, sem sobressaltos e com o fim esperado e tem o lado de sobrenatural que não me cativou e ainda me deixou mais confusa.

A visão do paraíso como muitos idealizam: os parentes que partiram, a vivência da vida idílica que nunca tiveram lá “em baixo”, tão doce que chegamos a ficar um pouco enjoados. Conhecemos a mãe Antoinette, um pouco debilitada, que passa os seus dias perdidos na sua vida de felicidade, com o maridos e os filhos, presa nas velhas memórias onde que estar. Conhecemos também o seu filho que atravessa uma espécie de crise de meia-idade, não tem mulher, emprego e não sabe que rumo dar à sua própria vida.

Warren foca-se então na sua mãe, e através de memórias de sabores da sua infância tenta tirar a sua mãe do estado de apatia em que se encontra e ao qual se entrega de dia para dia. E a pouco-e-pouco vai ser ele a encontrar o sentido para a sua vida.

Pelo meio temos ainda Joseph, um homem que acorda um dia num local estranho e que não se lembra de quem é e do que anda à procura, sabe sim que tem algures uma esposa carinhosa que o espera. Ele parte numa viagem acompanhado de um jovem que também está sem rumo.

O livro parece ser sobretudo sobre a procura de algo e acima de tudo as atitudes (pessimistas ou corajosas) e a esperança e a fé que as pessoas têm e acima de tudo. Warren esperava uma vida melhor e que a sua mãe ficasse também melhor; Antoinette esperava reencontrar o marido e o filho falecido há algum tempo e Joseph esperava encontrar a sua mulher.

Obstáculos ultrapassados: Warren cozinhou sempre para a sua mãe, não sabendo as receitas, não tendo os utensílios e não tendo mesmo a colaboração desta. Antoinette reencontrou o marido e filho num plano superior e Joseph encontrou a esposa. E esta parte foi a que mais me desagradou! Foi um fim precipitado! Afinal ele era o marido de Antoinette? E o jovem o filho em não se lembravam e depois já estavam todos felizes no céu?

Depois há a história de Warren, ficou por contar! Afinal ele começa uma relação com a enfermeira e depois o autor deixa essa história por contar… Já sabem como é a curiosidade matou o gato, eu estava curiosa com este livro mas depois fiquei desapontada não com a história global porque fala de uma relação familiar muito bonita, mas pelo que ficou por contar.

O que mais me agradou? Os relatos de Warren sobre a comida, as descrições, por vezes senti que poderia estar lá com eles a saborear aquela refeição! 



Esta parte foi muito bem explorada e concebida. Só é pena que o mesmo não tenha acontecido na globalidade da história! Uma leitura muito rápida e leve, boa para os dias de Verão.


*********************************************


0 comentários:

Enviar um comentário