O propósito deste dia é não esquecer o genocídio em massa
de seis milhões de judeus pelos Nazis e respetivos colaboracionistas. Este
constitui um dos maiores crimes contra a Humanidade de que há memória. Por
outro lado, pretende-se educar para a tolerância e a paz, bem como alertar para
o combate ao antissemitismo.
A Comissão Europeia, a Aliança Internacional para a Memória
do Holocausto (IHRA), a ONU e a UNESCO criaram a campanha #ProtectTheFacts,
como forma de combater o negacionismo e a desinformação em relação ao
Holocausto.
Segundo a ONU, o Dia Internacional em Memória das Vítimas
do Holocausto e a educação sobre o mesmo, é um imperativo global para a
terceira década do século. O ato de relembrar traz dignidade e justiça para
aqueles que os perpetradores quiseram apagar da história.
Neste dia evocamos todos os que
foram vítimas do Holocausto e da ideologia nazi. Relembramos não apenas as
vidas dos milhões de judeus, mas as de todos aqueles que, pelas suas origens,
crenças, orientação sexual, condições físicas e opções políticas foram
perseguidos, e os milhões de prisioneiros de guerra mortos pela fome, pela
doença, pelo trabalho forçado. Homenageamos também memória de todos aqueles que
tiveram a coragem de escolher fazer o que estava certo, independentemente das
consequências. Entre nós figuram Aristides de Sousa Mendes e os também
diplomatas Carlos Garrido Sampaio e Alberto Teixeira Branquinho e o Padre
Joaquim Carreira.
Em 2019, Portugal tornou-se membro da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, reforçando o seu compromisso de promoção da educação das novas gerações sobre este tenebroso período. Educar é a melhor forma de prevenção e, também, de homenagem.
O primeiro Museu do Holocausto da Península
Ibérica abriu na cidade do Porto, e está simbolicamente, organizado em três
fases: a vida dos antes do Holocausto; a morte durante o Holocausto e a vida
(novamente) após “esta catástrofe”.
O historiador Fernando Rosas, da Universidade Nova de Lisboa, lidera uma investigação que divulgou que pelo menos 70 portugueses estiveram em campos de concentração durante a II Guerra Mundial, e 300 terão sido obrigados a trabalhos forçados.
Imagem: Retratos de judeus assinados em Auschwitz-Birkenau, na Polónia
Uma forma de lembrar, não esquecer e homenagear todas as vítimas passa pela leitura, sejam obras baseadas em factos reais, relatos biográficos, obras de ficção. Todas elas de uma forma ou de outra ajudam os leitores a perceber o que se passou. Eu descobri este ano, a iniciativa #hol77 (cada ano a Dora adiciona os anos que passaram a tag é #hol+ano) e participei com as minhas leituras.
Foram sobretudo obras de ficção e duas delas baseadas em casos reais, um relato e um romance escrito por uma escritora que foi levada para um campo de concentração, este romance foi inclusive adaptado para o cinema e o filme é na minha opinião lindíssimo, demonstrando que nem sempre as coisas são a preto e branco.
Excertos utilizados:
https://eurocid.mne.gov.pt/eventos/dia-internacional-em-memoria-das-vitimas-do-holocausto
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