Data de Lançamento 2/2018
Editor: Marcador
Páginas: 111
Período de Leitura: 15 a 20 Janeiro
SINOPSE:
1942. Auge da Segunda Guerra Mundial. As rusgas começam. O pequeno Joseph, de sete anos, judeu, é afastado dos pais para conseguir sobreviver. Aprende a ocultar o seu nome, a sua história, os seus sentimentos. Escondido num orfanato católico, vai crescer acompanhado por um sacerdote, o padre Pons, um homem simples que se empenhará em manter viva a cultura judaica e em transmiti-la às crianças. Num universo à primeira vista cristão, o padre Pons instalou uma sinagoga secreta. Tal como Noé, o padre decidiu salvar a humanidade. Apesar daquilo que é. Uma vez restabelecida a paz, o que irá ser destas crianças com esta dupla identidade?
Opinião:
Um pequeno livro, com um pequeno protagonista muito corajoso! A situação da ocupação da Bélgica vista pelos olhos de uma criança, o seu relato, as suas vivências e o que fez para sobreviver aos anos da ocupação. Um menino judeu que é colocado no seio de uma casa de acolhimento de jovens rapazes ao cuidado de um padre, o padre Pons, conhecido por “ meu pai” que tudo fez para manter Joseph e outras crianças a salvo da deportação.
À semelhança do livro, Quando Hitler roubou o coelho cor de rosa, esta história não nos relata os horrores vividos nos campos, mas permite-nos compreender a segregação, os maus-tratos infligidos a pessoas somente por serem judeus, as dificuldades vividas pelo racionamento de comida e as dificuldades de viver longe da família e numa religião que não a sua na perspectiva de uma criança de 6 anos (quase 8 mas a idade alterada para que não suspeitassem da sua verdadeira identidade).
O autor tem uma forma muito simples de escrever e essa simplicidade sente-se na maneira como nos conta a história, pelos olhos de um criança ainda inocente e pouco vivida, padre Pons na clandestinidade ensina ao pequeno Joseph o significado de ser judeu, colecciona objectos ligados à cultura judaica, qual Noé coleccionou animais para a sua arca, assim o padre Pons coleccionava objectos para os manter a salvo dos nazis. E o pequeno Joseph é o seu cúmplice, praticam juntos num jogo de faz de conta, em que Joseph finge se um bom cristão e o padre Pons um bom judeu.
Acompanhamos esta vivência no orfanato, Joseph, o seu amigo Rudy, o padre, os outros meninos e alguns habitantes da pequena vila. A guerra passa e chega ao fim, no entanto permanecem a solidão e o medo de ser um órfão de verdade, pois Joseph não sabia se os pais regressariam para o buscar. Gostei tanto da analogia a Noé e a sua arca, a cripta qual arca, albergava os objecto coleccionados pelo padre Pons. O padre Pons que coleccionava objectos como forma de preservar e construir memórias para que os rapazes acolhidos não esquecessem a cultura, os costumes e as pessoas da sua própria religião! Ao longo dos anos, conta-nos Joseph, o padre foi fazendo várias coleções, sempre de pivôs em sofrimento ou m perigo. Até que um dia, o próprio Joseph, se tornou, Noé, um coleccionador de memórias e objectos como forma de respeito pelo outro.
Um livro que aborda a temática do Holocausto, de uma forma muito inteligente e que transmite um mensagem essencial, o respeito pela cultura de cada um, o conhecimento como base para esse respeito e que acima de tudo somos todos seres humanos e que apesar de tudo devemos estar unidos pelas nossas diferenças.
Classificação: 4 ****
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Tenho para ler em francês
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